Estúdio de cinema, fazendas e time de futebol. O que mais a Tether quer comprar?

A Tether, empresa por trás da maior stablecoin do mundo, o USDT, tem diversificado agressivamente seu portfólio de investimentos nos últimos anos, indo muito além do mercado de criptomoedas.

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A empresa já adquiriu um estúdio de cinema, fazendas e até uma participação em um time de futebol. O que mais a Tether planeja comprar? Muitos especulam que os próximos passos da empresa será em direção à tecnologia e inteligência artificial.

O Império da Tether

A Tether foi fundada em 2014 e é sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. A empresa é conhecida por emitir o USDT, uma stablecoin atrelada ao dólar americano que se tornou a mais utilizada no mercado cripto, com um market cap superior a US$ 140 bilhões.

Sob a liderança de Paolo Ardoino, CEO da empresa, a Tether usa seus lucros para investir em setores diversos. Uma estratégia que visa diversificar suas fontes de receita e reduzir a dependência do mercado de criptomoedas, que frequentemente enfrenta volatilidade e escrutínio regulatório.

1 – Estúdio de Cinema: Investimento na Be Water

Tether Be Water

Na última semana, a Tether anunciou um investimento de €10 milhões na Be Water. Trata-se de uma empresa italiana de mídia que produz e distribui filmes, séries de TV, áudio e conteúdo ao vivo.

A transação garantiu à Tether uma participação de 30,4% na Be Water, marcando sua entrada no setor de entretenimento. O objetivo, segundo Ardoino, é apoiar a expansão internacional da Be Water. Ademais, também integrar tecnologias como blockchain para melhorar a distribuição de conteúdo independente em plataformas globais.

“Enquanto muitas empresas de mídia são pressionadas a seguir narrativas comerciais para sobreviver, o investimento da Tether na Be Water garante que o grupo permaneça sólido, visionário e, acima de tudo, independente”, afirmou Ardoino.

A Be Water planeja usar os recursos para investir em infraestrutura digital de próxima geração. Além disso, expandir suas divisões de jornalismo investigativo (Chora e Will) e colaborar com talentos internacionais de cinema, TV e documentários.

A Tether também indicou membros para o conselho da Be Water. Incluindo Claudia Lagorio (COO da Tether) e Sabrina Giovannetti (CFO da Be Water), com Guido Maria Brera como presidente e Barbara Salabè como CEO.

2 – Fazendas: entrada no setor agrícola com a Adecoagro

Tether Adecoagro

Além do setor de entretenimento, a Tether fez sua estreia no setor agrícola em setembro de 2024. Na época, a empresa investiu US$ 100 milhões para adquirir uma participação de 9,8% na Adecoagro SA, uma empresa agrícola sediada em Luxemburgo e listada na Bolsa de Nova York.

A Adecoagro opera principalmente na América do Sul, com foco na produção de grãos, arroz, laticínios e açúcar, e é uma das principais empresas agrícolas da região.

O investimento reflete a ambição da Tether de explorar setores com potencial de crescimento a longo prazo. Especialmente em meio a desafios globais como mudanças climáticas, escassez de mão de obra e aumento da demanda por práticas agrícolas sustentáveis.

A Tether vê oportunidades para integrar sua expertise em blockchain à operação da Adecoagro, especialmente na melhoria da transparência e rastreabilidade da cadeia de suprimentos agrícola.

3 – Time de futebol: participação na Juventus

Anteriormente, em 14 de fevereiro de 2025, a Tether anunciou a aquisição de uma participação minoritária na Juventus Football Club. Um dos clubes de futebol mais icônicos da Itália.

Embora o tamanho exato da participação não tenha sido divulgado, a Reuters estimou que a Tether adquiriu cerca de 5% do clube. O que, dado o valor de mercado da Juventus (cerca de €1 bilhão), equivale a aproximadamente €50 milhões.

A Juventus, controlada pela família Agnelli através da Exor, é um dos clubes mais bem-sucedidos da Itália, com 36 títulos da Serie A e 2 Champions League.

Desse modo, Paolo Ardoino destacou que o investimento visa “integrar ativos digitais, pagamentos e tecnologias como IA e biotecnologia ao setor esportivo”, segundo o comunicado oficial da Tether.

A empresa também planeja colaborar com figuras como Juan Sartori, envolvido com o Sunderland AFC e a European Club Association, para explorar sinergias entre esportes e tecnologia.

Ardoino indicou que a Tether está aberta a aumentar sua participação na Juventus, afirmando à Reuters: “Estamos bem como investidores minoritários. Mas também abertos a diferentes conversas.” Ele sugeriu que a Tether poderia usar sua base de 400 milhões de usuários globais para ajudar a Juventus a expandir sua marca, especialmente em mercados emergentes.

Outros Investimentos da Tether

Além de estúdios de cinema, fazendas e times de futebol, a Tether expande seu portfólio em outras áreas como biotecnologia e IA. A Tether investiu US$ 200 milhões na BlackRock Neurotech, uma empresa que desenvolve tecnologia de interface cérebro-computador.

A empresa também tem apostado em inteligência artificial, reconhecendo seu potencial para transformar setores como finanças, logística e entretenimento.

Outro investimento foi em plataformas de vídeo. A Tether adquiriu uma participação de US$ 775 milhões na Rumble, uma plataforma de streaming de vídeo que compete com o YouTube.

Por fim, vale mencionar que a Tether também está envolvida em iniciativas relacionadas ao Bitcoin, como o projeto de US$ 2 bilhões para empréstimos lastreados em Bitcoin, em parceria com Howard Lutnick, indicado por Donald Trump para o Departamento de Comércio dos EUA, segundo a Reuters.

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