Feira de bioenergia termina com projeção de R$ 50 milhões em negócios no RS

Encerrada na última sexta-feira (28), a primeira edição no Rio Grande do Sul da Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis (Biotech Fair) contabiliza projeção de R$ 50 milhões em negócios para as empresas participantes ao longo do ano. A Biotech Fair foi realizada no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

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Biotech Fair aconteceu pela primeira vez no Rio Grande do Sul | abc+



Biotech Fair aconteceu pela primeira vez no Rio Grande do Sul

Foto: Dudu Leal/Biotech Fair

“O Estado gaúcho encontrou seu caminho para a transição e a retomada da economia por meio das energias renováveis, o que deve atrair investimentos e gerar mais empregos”, disse o coordenador-geral da feira e diretor da Porthus Eventos, Clóvis Rech.

Um dos destaques da feira foi o negócio fechado pela empresa ZN48, especializada na hibridização de veículos pesados com tecnologia que combina motores a diesel com biogás e biometano. A transformação da frota de uma empresa de Mato Grosso ultrapassou os R$ 4 milhões. “A economia com o gasto com combustível será suficiente para cobrir o custo da transformação da frota”, revelou Paulo Fernando Paim, consultor de negócios e representante nacional da ZN48.

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O presidente da Associação Brasileira de Energia de Resíduos (Abren), Yuri Schmitke, destacou o potencial do Rio Grande do Sul para atrair até R$ 12,5 bilhões em investimentos para a geração de energia a partir do lixo. De acordo com estudos da associação, o Estado tem capacidade para instalar sete usinas de recuperação energética (UREs).

As UREs transformam resíduos urbanos não recicláveis em energia elétrica, com capacidade instalada de 210 MW, sendo 30 MW por usina. “A construção dessas usinas contribuiria para desviar o lixo que hoje vai para aterros sanitários, além de gerar empregos e atrair investimentos privados”, afirmou Schmitke.

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Outro destaque foi a participação da Marcopolo, que apresentou o primeiro chassi de ônibus elétrico fabricado pela companhia. Fábio Limeira, coordenador de engenharia da Marcopolo, explicou que a empresa está alinhada à meta do Acordo de Paris de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 43% até 2030.

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Biotech Fair aconteceu pela primeira vez no Rio Grande do Sul

Foto: Dudu Leal/Biotech Fair

Congresso de Bioenergia+

Junto à Biotech Fair foi realizado o Congresso Internacional de Bioenergia+, importante fórum sobre o aproveitamento racional de energias renováveis. Durante o evento, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) assinou um memorando de entendimento com a Infravix Engenharia, visando impulsionar a produção de hidrogênio verde (H2V) e seus derivados.

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Thays Falcão, gerente-executiva de estratégia da Sulgás apresentou no congresso o projeto Corredores Verdes, que visa estabelecer pontos de abastecimento para veículos de grande porte, como caminhões e ônibus, com GNV. O projeto já está em operação desde 2024, interligando Eldorado do Sul a Canoas.

A programação do congresso ainda abordou temas como biotecnologia, captura de carbono, rotas tecnológicas para biocombustíveis, além de políticas estaduais para biogás e biometano. A integração das cadeias produtivas foi destacada como uma estratégia chave para o futuro das biorrefinarias, reforçando a agenda climática e as oportunidades de mercado para o estado em 2025.

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A Trashin, especializada em soluções para gestão de resíduos e logística reversa, também esteve presente na Biotech Fair, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade. Em parceria com a Irani Papel e Embalagem e a Ecofour Placas e Produtos Ecológicos, a Trashin destinou corretamente todos os resíduos recicláveis gerados no evento, promovendo o reaproveitamento de materiais, como espreguiçadeiras feitas de papelão e bancos desenvolvidos a partir de tubos de pasta de dente reciclados.

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