Suécia anuncia US$ 1,59 bilhão em ajuda militar à Ucrânia

O governo sueco anunciou, nesta segunda-feira (31/3), um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de 16 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,59 bilhão), o maior desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.

A maior parte dos recursos, aproximadamente 9,2 bilhões de coroas, será destinada à aquisição de equipamentos por meio da Administração Sueca de Material de Defesa. Além disso, cerca de 5 bilhões de coroas serão fornecidos como apoio financeiro direto ao setor de defesa ucraniano.

Europa intensifica apoio à Ucrânia

• O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um apelo aos líderes da União Europeia e pediu 5 bilhões de euros (US$ 5,4 bilhões), para a compra de artilharia.
• Em seguida, países do velho continente iniciaram conversas sobre aumentar os custos com defesa, em busca de aumentar o apoio da Europa para a Ucrânia.
• Dias depois do apelo de Zelensky, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou um pacote de ajuda militar no valor de 2 bilhões de euros.
• Diante da desconfiança dos líderes europeus sobre a inconstância do governo dos EUA, liderado por Trump, e suas sinalizações negativas para a Ucrânia, eles decidiram arcar com um novo orçamento.

O ministro da Defesa sueco, Pal Jonson, destacou a importância de fortalecer a posição da Ucrânia nas negociações para o fim do conflito.

“Estamos agora em um estágio crítico da guerra. Nosso foco agora é apoiar a Ucrânia o máximo possível para que ela possa ficar em uma posição de força durante essas negociações”, declarou Jonson.

Este anúncio ocorre dois meses após a Suécia ter divulgado um pacote de ajuda militar avaliado em quase 1,2 bilhões de euros, em janeiro de 2025, evidenciando o compromisso contínuo do país em apoiar a Ucrânia em sua defesa contra a agressão russa.

Com a nova contribuição, o total de ajuda militar sueca à Ucrânia desde 2022 alcança 61,9 bilhões de coroas (aproximadamente US$ 5,4 bilhões).

Durante coletiva de imprensa, Jonson foi questionado sobre a capacidade da Europa em assumir um maior nível de responsabilidade caso os Estados Unidos diminuírem o apoio.

Desde que assumiu o seu segundo mandato, o presidente norte-americano, Donald Trump, busca intermediar a proposta de um cessar-fogo incondicional entre Rússia e Ucrânia.

Pal Jonson declarou que, “se houver vontade”, existe uma forma de obter um forte apoio.

“A UE sozinha tem uma economia oito vezes maior que a da Rússia, portanto, se houver vontade, há uma maneira de obter amplo apoio. A limitação tem sido a produção industrial de defesa na Europa, que foi adaptada para tempos de paz”, afirmou.