Após 9 meses fora do ar, radares voltam a funcionar em Goiânia

Goiânia – Após nove meses de interrupção, a prefeitura da capital goiana retomou, nessa segunda-feira (31/3), a fiscalização eletrônica de trânsito por meio de radares. A volta foi anunciada pelo prefeito Sandro Mabel (UB) e pelo secretário municipal de Engenharia de Trânsito (SET), Tarcisio Abreu.

A fiscalização é comandada pela nova Central de Controle Operacional (CCO), que concentra o monitoralmento em tempo real do tráfego na cidade.

Segundo Abreu, os equipamentos funcionam em três turnos de operação, com 10 agentes por período, que fazem o acompanhamento direto das infrações, como avanço de sinal, uso de celular ao volantes, ausência de cinto de segurança e excesso de velocidade.

De acordo com o titular da pasta, todas as imagens geradas pelos radares serão capturadas e analisadas na nova central.

Segurança pública

Com a retomada, a fiscalização volta a ser feita em 604 faixas de tráfego, que contarão com 300 equipamentos de monitoramento instalados progressivamente, além de 100 câmeras com visão de 360 graus para ampliar a cobertura das vias.

De acordo com Mabel, os novos radares não vão apenas autuar infrações de trânsito, mas também desempenhar um papel importante na segurança pública.

“Mudamos os equipamentos e colocamos tecnologias mais avançadas, que funcionam 24 horas lendo todas as placas e identificando veículos roubados, clonados ou com pendências como IPVA atrasado. Esses dados serão compartilhados com forças de segurança como a Polícia Federal”, disse.

Radares paralisados

Goiânia estava sem fiscalização eletrônica por radares desde julho de 2024, quando a então empresa responsável pela gestão de serviços – a Eliseu Kopp – decidiu romper o contrato unilateralmente por conta da falta de pagamentos da gestão anterior.

À época, o Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) também encontrou irregularidades num processo de licitação para contratar uma nova empresa para organizar o serviço.

A licitação, concluída na gestão de Rogério Cruz, dividiu a cidade em duas áreas — norte e sul — com base em um eixo formado pela BR-153, a Avenida Universitária e a Avenida Castelo Branco.

A área norte ficará sob a responsabilidade do Consórcio Fiscaliza Gyn, pelo valor de R$93 milhões, enquanto o Consórcio Anhanguera Segurança ficará com a parte sul, com uma proposta de R$ 117 milhões.

Este último consórcio também venceu a licitação para o Centro de Controle Operacional (CCO), com custo de R$ 32,39 milhões por 60 meses de prestação de serviços, conforme o contrato assinado pelo ex-prefeito Rogério Cruz (SD) em 19 de dezembro.

O termo foi assinado pela nova gestão no mês passado e já colocou pontos de testes para funcionar.

Pontos já em fase de testes:

  • Avenida Mutirão (Setor Bueno e Setor Marista)
  • Avenida Castelo Branco (Setor Oeste)
  • Avenida Universitária (Setor Leste Universitário)
  • Avenida Vera Cruz (Jardim Guanabara)
  • Avenida Laguna (Parque Amazônia)

A licitação para a implementação dos radares foi dividida em três lotes:

  • Lote 1: Região Sul – gerido pelo Consórcio Anhanguera
  • Lote 2: Região Norte – sob responsabilidade do Consórcio Fiscaliza Gyn
  • Lote 3: Criação do Centro de Controle Operacional (CCO) – também a cargo do Consórcio Anhanguera.
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