Cury e Direcional: por que Itaú BBA prefere ações dessas construtoras mesmo após rali

Construtoras

Poucos dias após o Bradesco BBI destacar as ações de construtoras com maior potencial, o Itaú BBA reiterou sua preferência por Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3), mesmo após a forte valorização recente de 30% contra 10% do Ibovespa. Às 12h27 (horário de Brasília), a ação da Cury subia 3,91%, a R$ 25,51, enquanto DIRR3 tinha valorização de 1,91%, a R$ 30,03.

O BBA avalia que ambas construtoras oferecem a melhor assimetria de retorno dentro de sua cobertura, com retorno médio ponderado estimado entre 30% e 50% nos próximos 12 meses, mesmo considerando um cenário pessimista com 25% de probabilidade, onde os múltiplos atuais sofreriam um ajuste de aproximadamente 15%.

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Além disso, o banco vê riscos limitados para queda, já que os principais fatores que poderiam impactar negativamente essas empresas estão sob controle (financiamento garantido para 2025-2026, menor pressão da inflação da construção e risco de execução administrável, com expansão gradual no número de unidades por projeto).

O BBA ainda menciona um potencial de alta caso haja revisões no programa MCMV (Minha Casa, Minha vida) e a criação de uma nova faixa de renda.

Baixa renda

O Itaú BBA pontua que o setor de baixa renda continua sendo a melhor aposta no mercado. As ações de Cury e Direcional já recuperaram as perdas registradas no final de novembro e atualmente são negociadas a 7 vezes Preço/Lucro futuro. No entanto, o banco vê espaço para valorização adicional, com um retorno médio ponderado de 30% a 50%.

Cenário-base: CURY e DIRR mantêm seus múltiplos atuais, impulsionadas por um crescimento do EPS de 15% em 2026 e dividend yields entre 7% e 14%.

Cenário otimista: Reavaliação dos múltiplos para 8,0 vezes.

Cenário pessimista: Ajuste para 6,0 vezes.

Dividendos em alta: DIRR3 pode distribuir até R$ 900 milhões caso consiga vender a segunda tranche da Riva para a Riza.

Quais são os principais riscos?

Os três maiores desafios para construtoras de baixa renda são financiamento, inflação da construção e execução, de acordo com BBA.

Para financiamento, o BBA destaca que as condições são favoráveis, com orçamento recorde para crédito habitacional e possibilidade de realocação ou suplementação de recursos em 2025.

Já para inflação da construção, a combinação de câmbio mais favorável e queda nos preços do aço reduziu significativamente a pressão inflacionária sobre materiais.

Com relação à execução, embora o VGV (valor geral de vendas) lançado por construtoras de baixa renda tenha quadruplicado nos últimos cinco anos, o número de projetos em construção cresceu menos que a quantidade de unidades em obras. “Esse cenário mitiga riscos operacionais, pois as empresas estão produzindo mais unidades, mas com preços mais altos e menos canteiros de obra ativos”, explicam analistas.

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