Mulher ficava com metade de doações que pedia para “neta” doente

Goiânia – Conhecida nos semáforos da capital goiana, a mulher presa por fingir ser avó de uma criança com deficiência para pedir doações ficava com metade dos valores arrecadados. De acordo com o delegado da Central de Flagrantes, Humberto Teófilo, a mulher chegava a arrecadar R$ 500 por dia.

A suspeita foi detida nesse domingo (30/3) na Avenida Jamel Cecílio, em uma região nobre da cidade, pelo crime de estelionato majorado.

Conforme a corporação, a suspeita circulava por diversos pontos de Goiânia promovendo uma falsa campanha de arrecadação, utilizando um banner com a imagem de uma criança. A mulher alegava que as doações, feitas via Pix (chave QR Code) para a própria conta, seriam destinadas ao tratamento da menina, que tem Atrofia Muscular Espinhal (AME).

Sem parentesco

Segundo a PCGO, a mulher não é avó da criança, e a menina não mora com a mulher em Goiânia. De acordo com a corporação, o dinheiro arrecadado era dividido entre ela e a mãe da criança, a qual tinha conhecimento do golpe e que reside em Belo Horizonte (MG).

O delegado Humberto Teófilo afirmou que a “avó” presa arrecadava entre R$ 400 e R$ 500 por dia.

Tanto a imagem quanto a doença da criança foram exploradas pela suspeita e pela própria mãe para obter dinheiro indevidamente. Diante dos fatos, ela foi autuada em flagrante por estelionato, crime que não permite fiança na delegacia, e permaneceu detida.

A mãe da criança será intimada a prestar depoimento nos próximos dias a fim de esclarecer a participação no caso.

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