Arqueóloga afirma ter achado local exato em que Jesus foi crucificado

Escavações que estão sendo feita na Igreja do Santo Sepulcro revelam evidências de um jardim de 2 mil anos com oliveiras e videiras, corroborando relatos bíblicos do local de crucificação de Jesus.

A informação foi revelada pela arqueóloga italiana Francesca Romana Stasolla, que comanda as investigações na igreja em Jerusalém, em entrevista ao The Israel Times. Os trabalhos científicos que detalham a pesquisa da professora da Universidade de Roma, porém, ainda não foram publicados.

Segundo a pesquisadora, que é especialista em restauro de templos católicos, a vegetação encontrada sob os pisos da Igreja do Santo Sepulcro condiz com uma passagem bíblica que descreve o local da morte de Jesus: “Ora, no lugar onde ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda havia sido posto”, diz João 19:41.

As análises de solo revelaram pólen e restos vegetais compatíveis com cultivos das plantas na época atribuída à crucificação de Jesus. O local, originalmente uma pedreira desativada, ficava fora dos muros de Jerusalém no século I, conforme descrito nas escrituras.

JERUSALÉM - 04 DE MAIO: Cristãos ortodoxos se reúnem para celebrar o Sábado Santo, também conhecido como Véspera de Páscoa, na Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém Oriental, onde acreditam que Jesus Cristo está enterrado, em 04 de maio de 2024. (Foto de Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images)
Cristãos ortodoxos se reúnem para celebrar a véspera de Páscoa, na Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém, em 2024

Da pedreira ao santuário de Jesus

Escavações mostraram que a área passou por transformações: primeiro como pedreira, depois como cemitério e jardim, até se tornar o local sagrado ao ser identificado como o Calvário por Santa Helena no século IV.

Fragmentos de cerâmica e lamparinas a óleo encontradas por Francesca ajudaram a traçar essa linha do tempo. Uma estrutura circular de mármore, possivelmente parte do monumento original que foi ordenado pelo imperador Constantino I, também foi encontrada sob o piso da atual igreja.

As pesquisas começaram em 2022, durante as obras de restauração do piso da basílica. “Não podemos escavar tudo de uma vez, então a equipe avança por seções, interrompendo trabalhos durante períodos de peregrinação, como a Páscoa. Ainda falta terreno para explorar”, explicou Stasolla ao jornal israelense.

Apesar das limitações do que foi encontrado até agora, para ela os achados reforçam a conexão entre arqueologia e os textos da tradição cristã, oferecendo novas perspectivas sobre um dos locais mais venerados do mundo.

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