A agência de classificação de risco Moody’s divulgou, nesta quarta-feira (2/4), relatório sobre a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). O documento classifica a transação como tendo “altos riscos de execução”.
Um dos motivos para a preocupação apontado no documento é o fato do BRB ser um banco público, o que, segundo a agência, “implica em uma estrutura de governança complexa”.
O relatório também cita o que classificou como “livro de empréstimos altamente concentrados do Master, parte do qual é estruturado sob fundos de investimento em recebíveis ilíquidos”.
Sobre os impactos para o BRB, o documento indica que a perspectiva inicial é favorável e afirma que aquisição tem potencial de aumentar a diversificação dos negócios do BRB, já que, ainda segundo a análise, Master e BRB possuem atuações “complementares”.
“Como o preço de aquisição representa um desconto de 25% em relação ao valor contábil do Master, o impacto no capital do BRB deve ser positivo, mas ainda há um alto grau de incerteza neste ponto”, escreveu a Moody‘s.
O relatório aponta, em seguida, que o BRB registra baixa rentabilidade desde 2021. Segundo o documento, a combinação de alto crescimento e menor geração de lucros reduziu a capitalização principal do BRB.
Outro ponto destacado é que o BRB não terá a maioria das ações com direito a voto do Master e só poderá participar ativamente de alguns comitês da instituição.