Vendedor de produtos coloniais desaparece após sair para trabalhar no Vale do Sinos

Há mais de um mês, a família de Adriano Francisco de Mattos, de 42 anos, convive com a incerteza do que aconteceu com ele. O homem, que em dezembro se mudou de Santa Catarina para a casa da irmã e do cunhado em Nova Hartz, saiu para trabalhar na manhã de 24 de fevereiro, e, desde então, não deu mais notícias, o que faz com que seu paradeiro continue desconhecido. 

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Cristiane Francisca Mattos Tcacenco, irmã do desaparecido, conta que ele estava trabalhando como vendedor de produtos coloniais (queijo e salame), e naquele dia se deslocou para trabalhar em São Leopoldo, também no Vale do Sinos. Mattos foi de carona com seu empregador para comercializar os produtos. Antes disso, ele já havia ido para duas cidades do litoral: Cidreira e Cassino, para trabalhar. 

Porém, na tarde daquele dia 24, o contratante ligou para o cunhado de Mattos e informou que a vítima não estava no ponto de encontro no horário combinado. Eles se encontrariam nas proximidades do Viaduto da João Corrêa, às margens da BR-116. 

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Sem encontrá-lo, o empregador de Mattos questionou se ele havia feito algum contato com a família. Segundo os parentes, o desaparecido estava sem telefone celular. “Ele disse que iria a Novo Hamburgo buscar outros vendedores e depois voltaria a São Leopoldo para procurar Adriano novamente. Não sei por onde ele andou lá, mas não encontrou e antes de retornar, nos avisou”, relata Rafael Tcacenco de Mattos, cunhado do desaparecido.

“A família deles é grande, temos parentes em várias partes. Até pensamos que pudesse estar em algum em Guaíba ou Eldorado. Conversando com eles, ninguém tinha notícias, então procuramos a Polícia”, continua o companheiro de Cristiane. O desaparecimento de Mattos foi registrado na manhã desta quarta-feira (3) na Delegacia de Polícia de Nova Hartz, que investiga o caso.

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A irmã da vítima revela que, em conversa recente com parentes por conta do desaparecimento do irmão, descobriu que ele se envolveu em uma briga e foi ameaçado durante uma passagem anterior a São Leopoldo. “Chegou todo machucado na casa de um tio uma vez e disse que se voltasse na cidade, matariam ele”, conta a irmã, que foi surpreendida pela informação. “Não sei quem são essas pessoas [que brigaram e agrediram o vendedor]… Mas acho que coisa boa não aconteceu”, observa. 

Quem tiver informações sobre Mattos ou sobre o paradeiro dele pode contatar a Polícia Civil, inclusive anonimamente, pelo telefone (51) 3584-6533.

A família também recebe notícias sobre ele pelos WhatsApp (51) 99655-5143 ou (51) 99798-6406. Não é possível ligar para os parentes, pois moram na zona rural de Nova Hartz e na localidade não possuí sinal telefônico.