Peregrinação em prol de Padre Reus chega à divisa com Santa Catarina nesta sexta-feira

O grupo de 10 pessoas que saiu em caminhada de São Leopoldo rumo ao município de Nova Trento, em Santa Catarina, numa peregrinação em prol da beatificação de Padre Reus, chega ao estado vizinho nesta sexta-feira (4).

Registro em Cambará do Sul, nesta semana, com os peregrinos em oração antes de retomar a caminhada

Arquivo pessoal

Peregrinos em uma das paradas, em Santa Maria do Herval

Arquivo pessoal

Peregrinos realizam o Caminho do Sul mesmo com chuva

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Carros de apoio ajudam levando lanches em paradas pelo Caminho do Sul

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“Vamos descer a Serra da Rocinha (na divisa do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde no lado gaúcho fica a cidade de São José dos Ausentes, e no lado catarinense o município de Timbé do Sul)”, disse Inácio de Oliveira Flores, 74 anos, coordenador da jornada, intitulada Caminho do Sul. Em 2025, a caminhada chega a sua 10ª edição.

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“Família”

“Está sendo especial não por ser a décima, mas pela tranquilidade que está sendo. Somos dez peregrinos, porém formamos uma só família”, destacou Inácio, sobre como está sendo a aventura, que chegou a seu décimo dia hoje.

A peregrinação saiu do Santuário Sagrado Coração de Jesus – onde está o túmulo de Padre Reus –, na manhã do dia 25 de março, e deve chegar ao Santuário Nova Paulina, em Nova Trento, na Sexta-feira Santa, 18 de abril. No total, serão 25 dias para cumprir a jornada de 690 quilômetros a pé.

Para tanto, os participantes – oriundos de cidades da região e até de fora do Estado – contam com carros de apoio em alguns trechos e 25 pontos de paradas previamente organizadas, como hotéis.

Dificuldades, mas sem imprevistos

Conforme Inácio, o planejamento inicial, de percorrer em média 26 quilômetros por dia está sendo alcançado. Com tudo anotado, ele destaca que no dia com menor distância percorrida, o grupo caminhou 22,1 km, e no maior, 35 km, sendo esse também o dia mais difícil até então. “A maior dificuldade até o momento foi no sexto dia, entre São Francisco de Paula e Tainhas. Foram 35 quilômetros sem nenhum ponto de apoio. O almoço foi um lanche à beira da estrada, a metade por via asfaltada, com um pouco a mais de trânsito, por ser domingo”, contou.

Além disso, somente as bolhas incomodam um pouco. “Até o momento não tivemos nenhum imprevisto. Uma peregrina está tendo umas bolhas, mais está vencendo com um pouco de dificuldade”, comentou.

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Participantes seguem “firmes e fortes”

As paradas do grupo são feitas de acordo com as distâncias percorridas. As saídas costumam ocorrer diariamente às 7h, e a jornada segue normal mesmo quando chove. “Nós caminhamos usando guarda-chuva, e a roupa é bota ou tênis de caminhada. Eu só levo um tênis”, frisou. “Em caso de chuva e vento, usamos um abrigo corta vento, o que não ocorreu até agora. Hoje (na terça-feira), caminhamos com uma neblina que mal molhou o guarda-chuva”, relatou.

Inácio ponderou que nos últimos dois dias, a caminhada foi mais leve, o que também ajuda numa boa recuperação. “Os dez que saíram seguem firmes e fortes”, afirmou.

Depois de chegar a Santa Catarina, mais peregrinos devem se unir ao grupo que saiu de São Leopoldo, e por lá a caminhada se encontra com o Caminho das Santas, peregrinação realizada no estado vizinho nesta época do ano.