São Leopoldo promove o 1º Sábado Azul para conscientizar e celebrar a inclusão

Centenas de pessoas aproveitaram o sábado (5) de sol e temperatura amena para participar do 1º Sábado Azul, evento que visou lembrar o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo – comemorado em 2 de abril – e promover a inclusão.

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A iniciativa foi organizada pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Semel) de São Leopoldo, em parceria com o Centro Municipal de Educação Inclusiva (Cemei) – que é integrado à Secretaria Municipal de Educação (Smed) – e a Associação de Pais e Amigos do Excepcionais (Apae). A programação contou com caminhada, que saiu da sede da Apae e seguiu até o Ginásio Municipal Celso Morbach, onde diversas atrações foram disponibilizadas aos participantes, como brinquedos infláveis, oficinas, pintura de rosto, entre outras.

Olhar especial

“É um primeiro grande evento de conscientização do nosso governo, de trazermos pro olhar da sociedade, de darmos atenção para essa pauta tão importante”, iniciou o titular da Smed, Jéferson Falcão. “Nós, como gestores públicos, temos que estar unidos junto com a sociedade, pensando juntos, políticas públicas para melhorar o atendimento para as crianças, adolescentes e adultos autistas. Mas não deixando de ter um olhar especial para as famílias, que passam por todas as dificuldades que a gente conhece e precisam, sim, da atenção e da ajuda do poder público para atender seus filhos e familiares”, completou.

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“Precisamos pensar uma São Leopoldo mais inclusiva”

O presidente da Apae, João Cláudio da Silva, e a diretora da instituição, Raquel Dickel, destacaram a ação. “É pra dar visibilidade. Quando se fala em Apae, as pessoas ligam somente a pessoas com Síndrome Down. E não é”, ponderou Silva.

“É uma neurodiversidade que a gente vive. Esse tipo de atividade faz com que realmente a gente possa conscientizar mais a população sobre isso. Precisamos de mais acessibilidade, que a inclusão realmente aconteça. É com esse tipo de conscientização que a gente vai conseguir isso”, acrescentou Raquel. “Um dos maiores objetivos da Apae também é fazer a inclusão. Estamos preparando eles para uma boa inclusão, uma qualidade de vida, para estarem no mercado de trabalho. Mas para tudo isso, precisamos da comunidade, da sociedade também abraçando essa causa, recebendo eles no social, de forma realmente inclusiva, não só de forma integrativa”, concluiu a diretora.

Ela também salientou que, em parceria com a prefeitura, o Sábado Azul se tornará parte do calendário do município. “Precisamos pensar uma São Leopoldo mais inclusiva e esse é o primeiro passo nessa caminhada.”

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Famílias puderam curtir o espaço

Moradora do bairro Rio dos Sinos, Elisabete Reis, 35 anos, levou as filhas Joana, 15 anos, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) e uma síndrome rara, e Isabela, 5, para curtir o evento. “Tem bastante coisa e ela gostou muito, foi um pouco em cada um para conhecer, pegou balão e decidiu que quer tomar a vacina da gripe”, comentou sobre Joana, ressaltando eventos como este para promover a inclusão. “Porque não tem. No final de semana, se vamos sair para algum lugar, não tem coisas assim. Aqui é um lugar para elas e tem vários apoios se precisarmos. Se tu vai no shopping ou num parque e acontece alguma coisa, tu não tem pra onde correr”, argumentou.

Graziele Pereira, 36 anos, levou os filhos gêmeos Théo, que tem TEA e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), e Charlotte, de 9 anos, com TDAH, para aproveitar as atividades. Ao mesmo tempo, a avó das crianças, Zeloni Briz, 68, completava a caminhada. “Pedi para fazer um unicórnio”, contou o menino, enquanto passava pela oficina de pintura no rosto junto da irmã.

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