Estudante denuncia racismo após ser acusada por furto em loja de doces

São Paulo — A estudante de 19 anos Gaby Santana alegou ter sido vítima de racismo após ter sido acusada de furto em uma loja de doces em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O caso aconteceu no dia 24 de março.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a jovem detalhou o ocorrido. Segundo a postagem, ela estava com o namorado quando decidiram comprar alguma coisa para comer no caminho da faculdade. Dentro do estabelecimento, ela reparou que sua bolsa estava aberta e parou para fechar o zíper.

Neste momento, uma senhora que estava na loja chamou o gerente e falou que Gaby havia colocado algo dentro da bolsa. Quando a estudante estava saindo do estabelecimento, o segurança e o gerente a abordaram e pediram para ver a bolsa dela.

Como ela estava com pressa e não devia nada, ela deixou os homens revistarem a bolsa. Alguns dias depois, ela começou a questionar o ocorrido. “O que fez essa senhora pensar nisso? Eu fico imaginando, se fosse uma menina branca que estivesse fechando a bolsa, seria sinônimo de que ela estaria pegando algo. Por que eu, fechando a bolsa, sou sinônimo de ter pego algo”, ponderou no vídeo postado em seu Instagram.

A Secretaria da Segurança Pública informou que o caso foi registrado como preconceito de raça ou cor, no 1º DP de Praia Grande, após a vítima ser acusada injustamente de furto. A autoridade policial atua para esclarecer os fatos, disse a pasta.

O Metrópoles procurou o estabelecimento para um posicionamento sobre o ocorrido, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto.

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