Anistia: líderes de Lula e Bolsonaro trocam provocação e se desafiam

Os líderes do governo e do Partido Liberal (PL), sigla de Bolsonaro, travam uma disputa na Câmara dos Deputados para medir forças em torno do projeto de anistia aos condenados pelos atos do 8 de Janeiro. Cada lado busca mostrar que tem mais “bala na agulha” na articulação política e na capacidade de mobilizar votos.

Após o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, declarar que conta com o apoio de 310 deputados favoráveis à anistia, o líder do governo, José Guimarães (PT), disse à coluna se tratar de uma “conta furada” e que é “pouco provável” que o presidente da Casa, Hugo Motta, coloque a pauta em votação.

Sóstenes, por sua vez, rebateu o petista e desafiou o governo a levar a disputa para o plenário da Câmara. “Se o Guimarães diz que a oposição não tem os votos e que vamos perder, então que ele seja o primeiro a incentivar a votação no plenário. Quem está correndo é ele, porque sabe que temos os votos”, provocou.

Obrigado a mudar a estratégia após Motta pedir que os líderes partidários não assinassem o requerimento de urgência, que permite que um texto seja apreciado diretamente no plenário, Sóstenes passou a recolher assinaturas individuais para tentar pautar o projeto.

O parlamentar afirmou estar confiante de ter os 257 votos individuais necessários para aprovar o projeto até a próxima semana. “Conversei com o Kassab [presidente do PSD] e com o apoio dele vamos superar os 310 votos”.

Segundo ele, líderes de 8 siglas [PL, União Brasil, PP, Republicanos, PSD, Podemos, Novo e PSDB] já teriam se comprometido a apoiar o texto.

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