Ethereum já caiu 60% desde recomendação de Eric Trump

O mercado financeiro, seja no âmbito das criptomoedas ou do câmbio, sempre foi palco de previsões que no final envelheceram muito mal. Especialmente quando figuras políticas como Eric Trump fazem previsões ousadas aos seus seguidores acerca do Ethereum.

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O otimismo de Eric Trump sobre o Ethereum (ETH) em fevereiro de 2025 envelheceu mal. Mas especificamente, com uma queda de 60% no preço da criptomoeda nos dois meses seguintes. A recomendação do filho do atual presidente teve como base um momento político na história dos EUA, de uma regulação amigável ao mercado cripto.

Mas Trump não foi pioneiro ao recomendar um ativo com base em um momento político, e depois a história envelhecer mal. O acontecimento foi similar com o que aconteceu com seu amigo, Eduardo Bolsonaro, no Brasil em 2016. Na época, ele recomendou a compra de dólares em um momento inoportuno.

Eric Trump e a queda do Ethereum

Em 3 de fevereiro de 2025 publicou um tweet que rapidamente viralizou: “Na minha opinião, é um ótimo momento para adicionar $ETH. Vocês podem me agradecer depois”.

O post gerou um misto de entusiasmo e ceticismo entre os investidores.

Naquele momento, o Ethereum estava em alta, beneficiado por um aumento de 25% em seu preço após o próprio Eric Trump endossar a criptomoeda. No entanto, o otimismo de Eric Trump não se sustentou. O preço do Ethereum despencou 60% nos dois meses seguintes.

A queda foi atribuída a uma combinação de fatores macroeconômicos, incluindo vendas massivas por investidores institucionais (whales) e saídas líquidas negativas em ETFs de Ethereum.

Eduardo Bolsonaro e a previsão do dólar

Em um evento de 2016, Eduardo Bolsonaro, também filho de um ex-presidente (Jair Bolsonaro), também recomendou um ativo. No dia 14 de abril de 2016, em meio à crise política que culminaria no impeachment da então presidente Dilma Rousseff, Eduardo publicou um tweet com uma recomendação clara: “Não compre dólar agora”.

Naquele momento, o dólar estava cotado a R$ 3,93, e o impeachment seria votado em três dias, o que gerava grande incerteza no mercado.

A previsão de Eduardo, no entanto, não poderia ser em momento pior. Nos meses seguintes, o dólar disparou, impulsionado pela instabilidade política e econômica no Brasil.

Em 18 de novembro de 2019, quando o caso foi revisitado pelo site Diário do Centro do Mundo, o dólar atingiu um recorde histórico de R$ 4,20, uma valorização de 6,9% em relação ao valor de abril de 2016.

Até 2025, com o dólar cotado a R$ 5,60 (segundo o Banco Central do Brasil), a moeda americana acumula uma valorização de 42,5% desde a recomendação de Eduardo, sem considerar a inflação no período.

Portanto, investidores que seguiram o conselho de Eduardo e evitaram comprar dólares perderam uma oportunidade significativa de proteger seu capital contra a desvalorização do real.

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