Europa quer acordo de livre comércio com EUA

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta segunda-feira que a União Europeia (UE) está pronta para negociar com os Estados Unidos um acordo de “tarifas zero para zero”. Após o presidente dos EUA abalar os mercados com seus anúncios de tarifas, a Europa cedeu, e pede por livre comércio.

O acordo prevê zerar tarifas sobre bens industriais, em um esforço para aliviar as crescentes tensões comerciais entre os dois blocos econômicos.

Durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas, von der Leyen destacou a disposição da Europa para buscar um acordo que beneficie ambas as partes.

“A Europa está sempre pronta para um bom negócio. Então, mantemos a oferta na mesa”, declarou a presidente. Ela enfatizou que a UE já propôs eliminar totalmente as tarifas sobre bens industriais, uma estratégia que, segundo ela, a UE implementou com sucesso com outros parceiros comerciais.

“Oferecemos tarifas zero para zero em bens industriais, porque a Europa está sempre pronta para um bom negócio”, acrescentou.

Europa quer negociar com os EUA

A proposta da UE vem em um momento crítico. Na semana passada, Trump anunciou uma tarifa de 20% sobre todas as importações provenientes da União Europeia, com taxas ainda mais altas, de 25%, aplicadas a setores específicos como aço, alumínio e automóveis.

Essas medidas, que entrarão em vigor em 9 de abril, afetarão mais de €380 bilhões em produtos fabricados na UE. Embora setores como farmacêuticos, cobre, madeira, semicondutores e energia tenham sido isentos.

Von der Leyen criticou as tarifas americanas. Ela descreveu-as como um “ponto de virada significativo para os Estados Unidos” que trará “custos imensos” para consumidores e empresas americanas. Além de um “impacto massivo” na economia global.

A decisão de Trump também gerou um efeito cascata em outras regiões. Países asiáticos enfrentam tarifas ainda mais altas. 24% para a Malásia, 26% para a Índia, 32% para a Indonésia, 36% para a Tailândia, 46% para o Vietnã, 48% para o Laos e 49% para o Camboja.

A China, por sua vez, foi atingida com uma tarifa adicional de 34%, que se soma a uma taxa anterior de 20%, totalizando 54%. Em retaliação, Pequim impôs tarifas de 34% sobre bens americanos, intensificando os temores de uma escalada global.

O mercado recebeu a proposta de von der Leyen como uma tentativa de evitar uma guerra comercial total. Mas também como uma jogada estratégica para pressionar os EUA a recuar.

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