Instituto Penal de São Leopoldo tem dois apenados cursando o Ensino Superior

Dos 178 homens que atualmente cumprem pena no Instituto Penal de São Leopoldo, 28 iniciaram 2025 matriculados em instituições de ensino para retomar os estudos. A maioria deles, 26, cursa a Educação de Jovens e Adultos (EJA) em escolas do Município. Outros dois cursam Administração, em instituições de Ensino Superior.

No contexto da execução penal, assim como o trabalho, o estudo também proporciona a remição de pena



No contexto da execução penal, assim como o trabalho, o estudo também proporciona a remição de pena

Foto: Divulgação

Segundo o diretor da casa prisional, Diego Linhares, os presos da EJA receberam permissão para ir presencialmente às escolas. No contexto da execução penal, assim como o trabalho, o estudo também proporciona a remição de pena. De acordo com a Lei de Execução Penal, a cada 12 horas de estudo, um dia da condenação é reduzido.

CLIQUE AQUI PARA FAZER PARTE DA COMUNIDADE DO JORNAL VS NO WHATSAPP

Conforme Linhares, a iniciativa reforça o projeto de ressocialização na instituição, que teve como primeiro eixo a promoção do trabalho por meio da utilização da mão de obra prisional. “O estudo e o trabalho são os principais pilares para a reinserção dos apenados na sociedade de forma digna e estruturada. Sabe-se que a educação é uma das principais ferramentas para transformar vidas e reduzir os índices de reincidência criminal, proporcionando novas oportunidades e perspectivas para o futuro”, comenta.

Linhares destaca que a missão da Polícia Penal vai além da custódia dos detentos. “Busca também entregar à sociedade indivíduos mais preparados, com melhores oportunidades de reintegração. O objetivo é devolver ao convívio social pessoas capacitadas para o mercado de trabalho e com maior nível de instrução. É uma ação que envolve todos os servidores da casa prisional, direção, setor técnico, atividade de segurança e disciplina e plantonistas, cada setor cumprindo com zelo o que lhe compete”, frisa

“Grande parte da população carcerária é formada por indivíduos que tiveram pouca ou nenhuma instrução escolar e, por decisões equivocadas, acabaram se envolvendo em atividades ilícitas, resultando em sua prisão. Cabe ao poder público investir em iniciativas que quebrem o ciclo de violência e criminalidade, oferecendo atividades que agreguem valor ético e moral, como o estudo e o trabalho”, completa.

LEIA TAMBÉM: Idosos são a maioria entre os grupos prioritários da campanha de vacinação na região

Entre os apenados que estão cursando o Ensino Superior está um jovem de 27 anos, que desde 2021 cumpre pena no sistema prisional gaúcho. O crime que ele cometeu e a instituição de ensino onde ele estuda não foram informadas. O jovem conta que conseguiu a vaga na universidade por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o qual prestou quando ainda cumpria pena no regime fechado.

“Quando cheguei no semiaberto, tive a oportunidade de começar a minha faculdade”, conta ele, que está no primeiro semestre de um curso com o total de oito semestres. “Espero com a conclusão da faculdade me aperfeiçoar no meu trabalho, ter mais conhecimento, ter a mente aberta e conquistar todos os meus objetivos”, planeja.  

Adicionar aos favoritos o Link permanente.