Ministro pede à CEO da Petrobras análise sobre corte no preço do diesel, diz fonte

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pediu à presidente da Petrobras, Magda Chambriard (PETR3; PETR4), para que a companhia analise um novo corte no valor médio do diesel vendido às distribuidoras no Brasil, diante do recuo recente do preço do barril do petróleo no mercado internacional, disse uma fonte a par da situação.

Na conversa, que ocorreu de maneira informal, na semana passada, o ministro apontou à Chambriard que o petróleo Brent estava em queda e que o dólar tinha certa estabilidade, conforme argumentou Silveira, disse a fonte, na condição de anonimato.

Depois de fechar em baixa de 1,18% no dia seguinte ao anúncio das tarifas de Trump, a R$ 5,6290 — menor cotação de fechamento desde 16 de outubro do ano passado –, o dólar engatou uma sequência de alta e fechou nesta segunda-feira a R$ 5,90.

Mais cedo, a CNN publicou que Silveira procurou a direção da Petrobras nos últimos dias para levar cálculos que mostram a viabilidade de uma redução no preço dos combustíveis.

O pedido vem após um recuo de cerca de US$ 10 por barril no preço do Brent, para aproximadamente US$ 64 por barril, na esteira do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2 de abril, pelos temores do mercado de que o movimento cause uma recessão global e reduza a demanda pela commodity.

O anúncio de Trump ocorreu só um dia após a Petrobras ter cortado o preço do diesel nas refinarias em 4,6% ou R$ 0,17 por litro, na primeira redução de seu combustível fóssil desde 2023, após os valores da companhia terem ficado grande parte de março acima do valor de paridade de importação (PPI), segundo cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

Com a queda do preço do petróleo, contudo, o diesel da Petrobras está cerca de 5% acima da paridade de importação, enquanto a gasolina está 4% acima, segundo a Abicom, indicando que o combustível da Petrobras está mais caro que no exterior.

Em relatório a clientes, o UBS BB afirmou acreditar que a Petrobras poderá cortar preços, se o cenário se mantiver.

“Acreditamos que, se as condições forem mantidas, a Petrobras poderá cortar os preços em duas a três semanas, quando observarmos estabilidade nas condições atuais”, disse o relatório.

Uma queda do petróleo, se dá algum espaço para a Petrobras reduzir os preços dos combustíveis, pode afetar suas exportações, já que as vendas ocorreriam a preços menores, apertando as margens.

Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente, assim como o Ministério de Minas e Energia.

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