Qual o melhor adoçante: sucralose, xilitol, stevia ou sweet natural?

O uso exagerado de açúcar na rotina alimentar é um dos principais fatores para o aparecimento de doenças crônicas, como a diabetes. Para equilibrar melhor o cardápio e continuar deixando as refeições e bebidas amargas mais adocicadas, muitas pessoas buscam a substituição com adoçantes. Mas afinal, qual seria a melhor opção para essas ocasiões?

“Não existe um adoçante universalmente melhor. A escolha depende das características metabólicas, da sensibilidade intestinal e do objetivo do paciente. Por exemplo, no consultório, pacientes com maior sensibilidade intestinal tendem a tolerar melhor a sucralose ou a stevia. Já pacientes com compulsão por doces costumam se adaptar bem aos blends, como o sweet natural, por terem sabor mais próximo ao do açúcar”, esclarece o nutricionista Fernando Castro, que atua em Brasília.

Conheça as particularidades de cada adoçante

Sucralose

A sucralose é um adoçante artificial derivado do açúcar, estável ao calor, sem calorias e geralmente bem aceito em bebidas e receitas quentes. É considerado seguro para o consumo de pacientes com maior sensibilidade intestinal, que tendem a tolerá-lo melhor.

No entanto, alguns estudos científicos apontam que seu uso contínuo pode provocar alterações na microbiota intestinal. Ainda assim, em doses moderadas, a sucralose é segura.

Xilitol 

Por ser um poliálcool, o xilitol tem calorias e pode causar desconfortos intestinais, como gases ou efeito laxativo, especialmente em quem tem intestino sensível. Ele é extraído de vegetais, como milho, ameixa, framboesa, e também de alguns cogumelos.

14 imagens

A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas

A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
1 de 14

A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada

Oscar Wong/ Getty Images

2 de 14

A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas

moodboard/ Getty Images

3 de 14

A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo

Peter Dazeley/ Getty Images

4 de 14

Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal

Peter Cade/ Getty Images

5 de 14

A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais

Maskot/ Getty Images

6 de 14

Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta

Artur Debat/ Getty Images

7 de 14

A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros

Chris Beavon/ Getty Images

8 de 14

Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento

Guido Mieth/ Getty Images

9 de 14

É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença

GSO Images/ Getty Images

10 de 14

Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco

Thanasis Zovoilis/ Getty Images

11 de 14

Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções

Peter Dazeley/ Getty Images

12 de 14

O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)

Panyawat Boontanom / EyeEm/ Getty Images

13 de 14

Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle

Oscar Wong/ Getty Images

14 de 14

Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão

Image Source/ Getty Images

Stevia 

O stevia é um adoçante natural que também não possui calorias, trazendo um baixo impacto na glicemia e sendo uma escolha segura a longo prazo. No entanto, o leve amargor pode desagradar e diminuir sua adesão.

Sweet natural

Normalmente, o sweet natural é feito da mistura de stevia com eritritol, o que suaviza o sabor amargo e mantém o baixo impacto glicêmico do adoçante. No entanto, o eritritol também é um poliálcool e pode causar sintomas gastrointestinais quando consumido em doses elevadas.

Melhor adoçante para diminuir o consumo de açúcar

Pessoas com diabetes ou resistência à insulina podem usar qualquer um desses adoçantes, visto que todos têm baixo índice glicêmico. Já para quem quer parar de usar açúcar, o ideal é fazer uma transição suave, usando opções com sabor mais próximo, como o sweet natural.

“A sucralose também é uma excelente aliada nesse processo pela boa aceitação em bebidas quentes. Em paralelo, deve-se trabalhar sempre a reeducação do paladar com o objetivo de reduzir a dependência pelo sabor doce ao longo do tempo”, ensina Fernando.

A nutricionista esportiva funcional Lilian Lima defende que, para a evitar a piora nos quadros de doenças como diabetes, esteatose hepática e disbiose intestinal, a melhor escolha é não adoçar e sim se adaptar ao paladar natural dos alimentos e preparações. “Em casos que são necessários, sempre escolha os (adoçantes) naturais e respeite a dose prescrita na tabela nutricional do fabricante”, alerta em entrevista anterior ao Metrópoles.

Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e no Canal do Whatsapp e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Adicionar aos favoritos o Link permanente.