Tesouro Direto: taxas de curto prazo acentuam queda com escalada de guerra tarifária

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Em sessão de volatilidade extrema nos mercados globais, as taxas dos títulos também oscilam nesta segunda-feira (7) diante da escalada da guerra tarifária promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após abrirem o dia em leve alta, as remunerações dos papeis de curto prazo do Tesouro Direto viraram para baixa no começo da tarde, refletindo apostas de cortes mais profundos nos juros americanos.

Destaque para o Tesouro Prefixado 2028, que passa a pagar 13,95% ao ano, acentuando a queda abaixo do patamar de 14% que havia sido iniciada na sexta-feira (4). Já o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2029 também paga menos: 7,67%, ante 7,70% na sexta.

Os juros de curto prazo são considerados os mais suscetíveis à política monetária, de modo que uma expectativa de guinada por parte do Banco Central tende a refletir primeiro em papeis com vencimentos mais curtos.

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A queda se dá pela aposta crescente de que o Federal Reserve terá que fazer mais cortes nos juros dos EUA para estimular a economia, por conta da expectativa de recessão como consequência do choque tarifário. O mercado passou a projetar até cinco reduções em 2025, e a aventar até mesmo um ajuste emergencial antes da próxima reunião da diretoria do Fed.

Os títulos de longo prazo, por outro lado, que costumam ser mais sensíveis à situação fiscal brasileira, operam majoritariamente em alta. Nos papeis prefixados, alta de 14,54% na sexta para 14,58% nesta segunda, no caso do vencimento em 2032; e de 14,72% para 14,79% no título para 2035 com juros semestrais.

Nos indexados à inflação, a alta se dá na parte mais longa da curva, com o Tesouro IPCA+ 2050 pagando atualmente 7,13% ao ano de juro real, contra 7,07% na sexta-feira.

Confira as taxas dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto na atualização de 13h06 desta segunda-feira (7):

(Reprodução/Tesouro Direto)

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