Abril Vermelho: MST realiza 21 ações em defesa da reforma agrária

O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) realizou 21 ações em 10 estados na primeira semana do abril vermelho, em que cobra medidas efetivas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em prol da reforma agrária. As mobilizações contaram com a participação de aproximadamente 10 mil famílias que reivindicam o direito à reforma.

As ações se concentraram no Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.

A jornada deste ano acontece até 17 de abril, dia que marca os 29 anos do episódio do Massacre de Eldorado do Carajás, quando 21 trabalhadores sem-terra foram mortos no Pará em uma operação para desobstruir uma estrada ocupada por manifestantes.

Margarida Silva, da direção nacional do MST, defende que as ações são uma forma de reivindicar uma reforma agrária justa, em que os trabalhadores sem terra consigam acesso a áreas para poder avançar com a agricultura familiar frente ao agronegócio.

“Anunciar a reforma agrária popular como alternativa à crise ambiental e climática, como também solucionar os problemas sociais que o nosso país vive, com o nosso lema, ocupar para o Brasil alimentar, compreendendo que através da ocupação de terra, podemos fazer o enfrentamento à concentração de terra no Brasil, mas também produzir comida, comida saudável para o povo brasileiro, comida com preço justo para que todas as pessoas possam ter acesso à alimentação”, afirma Margarida Silva.

As movimentações acontecem em meio a reivindicações do movimento junto ao governo Lula. Segundo membros do MST, a distribuição de terras para os trabalhadores realizada pelo Palácio do Planalto está abaixo das expectativas.

Em março, o petista visitou um assentamento em Minas Gerais e fez a entrega de cerca de 12 mil lotes para a reforma agrária.

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