Dow Jones Futuro sobe após quedas, em meio à escalada tarifária entre EUA e China

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Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta terça-feira (8), após as bolsas de Nova York encerrarem a terceira sessão consecutiva em queda na véspera, pressionadas pelas novas ameaças tarifárias do presidente Donald Trump. Ele prometeu impor uma tarifa adicional de 50% sobre produtos chineses caso Pequim não reverta o aumento de 34% sobre as importações dos EUA — uma retaliação às tarifas previamente anunciadas pela Casa Branca.

Uma recessão nos EUA ainda não é consenso para este ano — apenas dois grandes bancos, JPMorgan e Barclays, projetam isso oficialmente. No entanto, o cenário se torna praticamente inevitável caso as tarifas propostas por Trump entrem em vigor e provoquem retaliações por parte do restante do mundo.

Estados Unidos

As expectativas dos traders em relação ao ritmo de cortes de juros pelo Federal Reserve este ano têm oscilado. Atualmente, os contratos de swaps de taxa de juros overnight já precificam ao menos três reduções em 2025, com a primeira totalmente incorporada para junho. O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou que há grande preocupação entre líderes empresariais de que as tarifas possam causar amplas interrupções na cadeia de suprimentos e reacender pressões inflacionárias.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

  • Dow Jones Futuro: +1,73%
  • S&P 500 Futuro: +1,19%
  • Nasdaq Futuro: +1,00%

Ásia-Pacífico

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam com alta nesta terça, recuperando-se das perdas da sessão anterior devido à política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, e às ameaças de taxas ainda maiores contra a China. Na segunda-feira, Trump ameaçou impor tarifas adicionais de 50% à China se Pequim não suspendesse suas taxas sobre as importações dos EUA.

Já as ações japonesas saltaram quando Trump designou dois membros de seu gabinete para dar início às negociações comerciais bilaterais após uma ligação com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba. O Japão parecia pronto para ter prioridade sobre outros parceiros comerciais dos EUA nas negociações sobre tarifas, colocando Tóquio à frente de uma longa fila de nações que buscam reverter as taxas.

  • Shanghai SE (China), +1,58%
  • Nikkei (Japão): +6,03%
  • Hang Seng Index (Hong Kong): +1,51%
  • Kospi (Coreia do Sul): +0,26%
  • ASX 200 (Austrália): +2,27%

Europa

Os mercados europeus operam em alta, recuperando-se da pior perda de três dias em cinco anos, enquanto os investidores buscavam oportunidades de compra em baixa enquanto aguardavam clareza sobre como as políticas comerciais do presidente Donald Trump se desenrolarão.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia propôs a Donald Trump um acordo de “tarifas zero para ambos os lados” sobre produtos industriais. Ela reiterou que o bloco está disposto a negociar, mas também preparado para adotar contramedidas, se necessário. Trump, no entanto, rejeitou a proposta de imediato.

  • STOXX 600: +0,69%
  • DAX (Alemanha): +0,59%
  • FTSE 100 (Reino Unido): +1,20%
  • CAC 40 (França): +0,44%
  • FTSE MIB (Itália): -0,49% 

Commodities

Os preços do petróleo operam em baixa, ampliando as perdas das últimas sessões, motivada por preocupações de que as tarifas dos EUA poderiam reduzir a demanda e levar a uma recessão global.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva, com tensões tarifárias entre China e EUA pesando sobre os negócios.

  • Petróleo WTI, -0,23%, a US$ 60,56 o barril
  • Petróleo Brent, -0,26%, a US$ 64,01 o barril
  • Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -3,48%, a 693,00 iuanes (US$ 94,82)

Bitcoin

  • Bitcoin (BTC), +1,00% a US$ 79.098,32 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

(Com Reuters e Bloomberg)

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