EUA: Goldman Sachs volta a aumentar chance de recessão, agora para 45%

O Goldman Sachs, um dos maiores bancos dos Estados Unidos, voltou a aumentar suas estimativas de que o país entre em recessão econômica.


O que aconteceu

  • De acordo com a instituição financeira, a probabilidade de a maior economia do mundo passar por um período recessivo subiu de 35% para 45%.
  • Esta é a segunda vez em apenas uma semana que o Goldman Sachs eleva sua projeção de uma recessão norte-americana.
  • No início da semana passada, ainda antes do anúncio da nova rodada de tarifas comerciais impostas pelo governo do presidente norte-americano Donald Trump, o banco havia subido a estimativa de 20% para 35%.

PIB

Ainda segundo as novas expectativas divulgadas pelo Goldman Sachs, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em 2025 foi revisado de 1,5% para 1,3%.

Taxa de juros

O banco também espera que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) corte a taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual em três reuniões consecutivas, a partir de julho.

No dia 19 de março, o Fed anunciou a manutenção da taxa básica de juros no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano. Na ocasião, a autoridade monetária atualizou suas projeções para os indicadores da economia norte-americana e reduziu a perspectiva de crescimento do PIB do país de 2,1% para apenas 1,7% em 2025.

Recessão

Em meio ao clima de incerteza, amplificado pelos rompantes de Trump e por uma dura política tarifária que colocou o mundo à beira de uma guerra comercial, a hipótese de os EUA entrarem em recessão foi reforçada pelo GPDNow – uma espécie de “monitor do PIB” elaborado pelo Federal Reserve de Atlanta.

Em sua última leitura, no início de março, a estimativa era a de uma queda anualizada de 2,5% do PIB no primeiro trimestre, bem diferente da projeção anterior (alta de 2,3% para o período).

A última recessão dos EUA aconteceu no início da pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2021. Antes dela, o país enfrentou uma recessão por 18 meses, entre 2007 e 2009, com a crise do “subprime”.

Na época, houve a concessão de uma série de empréstimos hipotecários de alto risco – para financiamento imobiliário – pelos bancos. Muitas instituições financeiras foram levadas à insolvência, o que derrubou as principais bolsas de valores. O auge da crise foi a quebra do Lehman Brothers, um dos mais antigos bancos de investimento do mundo.

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