MPMG desmonta esquema de lavagem de dinheiro com futebol e prostíbulos

Na manhã desta terça-feira (8/4), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia, deflagrou a segunda fase da Operação Liga dos Campeões, cumprindo sete mandados de busca e apreensão com o apoio das polícias Civil e Militar.

A ação investiga um grupo criminoso ligado ao tráfico de drogas que, segundo as autoridades, utilizava empresas de fachada — incluindo prostíbulos, tabacarias, academias, revendas de veículos e até clubes de futebol amador — para lavar dinheiro proveniente de atividades criminosas.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos 50 certificados de licenciamento de veículos (CRLVs) suspeitos, um carro de luxo, dois ofurôs de hidromassagem, celulares e diversos documentos que podem contribuir com as investigações. Um dos investigados foi preso em flagrante por maus-tratos a animais silvestres, que eram mantidos de forma ilegal e em condições degradantes.

De acordo com as investigações, que já duram cerca de dois anos, a quadrilha criou uma rede de negócios para simular movimentações legais e disfarçar os lucros do tráfico. Um dos braços do grupo, segundo o Gaeco, chegou a investir diretamente em dois times da liga de futebol amador de Uberlândia, utilizando patrocínios como fachada para injetar e circular o dinheiro obtido com o crime.

A primeira fase da operação ocorreu em agosto de 2024 e já apontava indícios de atuação sofisticada do grupo, que aliava ostentação a estratégias bem estruturadas de lavagem de dinheiro. Na ação desta terça, participaram dois promotores de Justiça, 15 policiais civis, 45 policiais militares e servidores do Ministério Público.

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