Preços afastam consumidores de fruteiras em Novo Hamburgo; Estado divulgou redução de valores

O último Boletim de Preços Dinâmicos, divulgado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz-RS) mostrou uma redução nos preços das frutas durante o mês de março no Rio Grande do Sul. A queda em relação a fevereiro foi de 8% e o destaque ficou por conta do quilo da bergamota, que caiu 54%.

Em média, o quilo da fruta, queridinha dos gaúchos nos meses mais frios, era vendido por R$ 5,90. Outro recuo foi o da maça, com redução de 9% em relação ao mês anterior, sendo vendida a R$ 10,90 o quilo.

Onilda Steffen, 81 anos | abc+



Onilda Steffen, 81 anos

Foto: Juliano Piasentin/ GES-Especial

No entanto, o preço mais baixo parece não ter alcançado o bolso do consumidor e também dos empresários do ramo. Em Novo Hamburgo, a aposentada Leci Kautzmann, 67 anos, afirmou que não tem comprado muitas frutas devido aos valores praticados. “Compro conforme consigo. Normalmente de pouquinho em pouquinho.”

Ela explica que, apesar da necessidade, evita olhar os preços com frequência. “Sei que está tudo muito caro. Quando passo por alguma fruteira acabo parando.” Apesar da preferência por fruteiras, a comodidade acaba levando a aposentada aos supermercados. “É onde frequento com mais frequência”, diz.

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Já a moradora do bairro Ideal, Onilda Steffen, 81 anos, compra frutas todas as semanas. “Se baixar o preço vou comprar até mais. Gosto muito de frutas e não abro mão.”

A aposentada reitera que sempre faz suas compras em fruteiras. “Sempre passo em alguma. Acabo comprando mais banana, mas também consumo outras frutas.” Apesar de não abrir mão do hábito, concordo que o preço está muito alto. “Parece que as mercadorias estão cada vez mais caras, não percebi essa redução ainda”, completa.

Empreendedor

Se para a clientela a situação é difícil, para o empresário também. Proprietário de uma fruteira há seis anos na região central de Novo Hamburgo, Joaquim de Oliveira, 53 anos, reclama dos preços. “Não tenho lucro.”

Questionado sobre a bergamota, o comerciante diz que ainda não recebeu a carga da fruta. “Compro direto de produtores de Bom Princípio e Pareci Novo. Falaram que reduziu, mas é pura história. Vamos ver quando vier mesmo.”

Joaquim de Oliveira, 53 anos | abc+



Joaquim de Oliveira, 53 anos

Foto: Juliano Piasentin/ GES-Especial

Os outros produtos são adquiridos na Ceasa ou de outros produtores. “A laranja pago R$ 65 a caixa com 15 quilos. Consigo vender por R$ 6,99 o quilo.” Já o Caqui vem da Serra Gaúcha. “Vende bem e é muito gostoso.”

Ainda assim, a fruta mais vendida no estabelecimento é a banana. “É o que mais sai. Preciso abastecer todos os dias, o pessoal consome bastante”, completa.

Além das frutas, Oliveira também vende verduras, legumes, cereais, caldo de cana e a própria salada de fruta. “Preciso variar, não posso me apegar apenas a um tipo de produto. Daqui a alguns dias não sei como vai ser para pagar as contas.”

Legumes mais baratos e hortaliças mais caras

Assim como as frutas, os cereais e legumes também tiveram uma queda em seus preços, apresentando recuo de 6% na média estadual.

Fruteira na região central de Novo Hamburgo  | abc+



Fruteira na região central de Novo Hamburgo

Foto: Juliano Piasentin/ GES-Especial

Entretanto, as hortaliças apresentaram a maior alta de preços em março, A variação chegou aos 20%, com o tomate puxando o preço, saltando de R$ 3,99 o quilo para R$ 6,99 em média.

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A cebola é outra vilã, sendo vendida em média a R$ 3,99 o quilo. Ainda que o valor seja inferior ao registrado em abril de 2024, quando chegou a custar R$ 8,98.

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