Vacina da gripe dá reação? Veja quais efeitos colaterais são reais e por que acontecem, segundo o Ministério da Saúde

O Brasil enfrenta uma queda constante na vacinação contra a influenza desde 2021, quando 72,1% do público-alvo foi imunizado. Desde então, o número apenas caiu, chegando em 68% em 2022, até 40% na região Norte e 54,6% nas demais em 2024. E os principais motivos para isso estão no medo, principalmente quanto à eficácia da vacina e aos possíveis efeitos e reações colaterais.

Porém, os possíveis efeitos da vacina contra a gripe não são ou acontecem como as pessoas imaginam, por isso o Ministério da Saúde decidiu listar quais são e o motivo para eles acontecerem.

FIQUE POR DENTRO: Campanha de vacinação contra a gripe começa nesta segunda-feira; veja quem pode se vacinar

O Estudo Sobre a Consciência Vacinal no Brasil, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), junto à Universidade Santo Amaro (Unisa), revelou que não apenas o medo pode levar uma pessoa a ficar longe das vacinas, mas também a desinformação. E isso vale para todos os imunizantes.

No Brasil, 21% das pessoas consideram o risco de se imunizar alto. Inclusive, 27% já ficaram com medo de levar uma criança ou adolescente para ser vacinado. Destes, 66% têm em comum um grande receio: das reações e efeitos colaterais graves.

E nisso, as redes sociais, incluindo o WhatsApp, possuem um papel fundamental: Um em cada cinco brasileiros deixou de se vacinar, ou de imunizar os filhos, por ter lido uma notícia negativa na internet quanto às vacinas.

Ainda assim, nem toda a população possui o mesmo medo. O estudo também mostrou que 80% dos brasileiros acreditam que a vacina é segura e 72% confiam nela. E para ajudar os que ainda possuem receio de fazer a vacina da gripe a entenderem o que é real, o Ministério da Saúde listou quais reações podem se manifestar após a imunização e por quê.

LEIA TAMBÉM: SARAMPO: Aumento de casos no continente americano preocupam; veja a situação no Brasil

Quais os efeitos colaterais mais comuns à vacina da gripe?

Dor ou inchaço no local de aplicação
A reação mais comum à vacinação é sentir dor no local onde o imunizante foi aplicado, ou até que ele inche. “Ocorre devido à resposta do organismo ao medicamento aplicado no músculo”, explica o órgão.

Febre baixa ou cansaço leve
É possível que surjam nas primeiras 24 até 48 horas após a vacinação. “Indicam que o sistema imunológico está reagindo à vacina”, diz.

Dores musculares ou leves desconfortos
Apesar de poder ocorrer, essas reações são temporárias. Para diminuir a dor, é possível colocar uma compressa fria no local da injeção.

Reações alérgicas leves
Quem toma a vacina pode ter alguma reação alérgica leve, como sentir coceira ou notar uma vermelhidão na pele, mas é raro. Caso os sintomas sejam mais graves, como dificuldade para respirar, inchaço no rosto e garganta, o recomendado é procurar atendimento médico.

Todos os sintomas citados acima são comuns, geralmente leves e desaparecem em poucos dias. Eles acontecem porque a vacina estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos contra a gripe, como um preparo para o possível combate futuro contra a influenza.

O recomendado é descansar e se hidratar, para ajudar o corpo a se recuperar. Se os sintomas forem graves ou durarem mais do que apenas alguns dias, é preciso procurar um médico.

SIGA O ABCMAIS NO GOOGLE NOTÍCIAS!

Campanha de vacinação de 2025

A campanha de vacinação de 2025 começou nesta segunda-feira (7) em todo o Brasil e, como em todos os anos, o Ministério da Saúde pretende atingir 90% da população que faz parte dos grupos prioritários.

O número pode parecer audacioso quando comparado aos resultados dos últimos anos, mas não é impossível, já que 86% dos brasileiros acreditam que as vacinas são eficazes e 90% veem a imunização como importantes para a saúde pessoal, da família e de toda a comunidade.

*As informações veiculadas nesta matéria são apenas para fins de educação. Em caso de sintomas, ou de dúvidas, um profissional de saúde deve ser consultado.

Fontes: Instituto Butantan; Instituto Butantan e Ministério da Saúde.