Valor do dólar dispara nesta terça (8), com tarifa de 104% dos EUA sobre a China

O valor do dólar fechou o dia em alta nesta terça-feira (8), conforme o Banco Central do Brasil. Pela manhã, a moeda norte-americana estava custando R$ 5,90. Na segunda-feira (7), o fechamento ficou em R$ 5,91.

Valor do dólar disparou nesta terça-feira (8), com tarifas de 104% dos EUA à China – Foto: Deny Campos/Arte/ND

O dólar viveu mais um dia de volatilidade nesta terça-feira (8), chegando a romper a barreira dos R$6 durante a sessão antes de fechar ligeiramente abaixo desse patamar. O movimento reflete a pressão do mercado externo após os EUA confirmarem a aplicação de tarifas de 104% sobre importações chinesas a partir de quarta-feira, em retaliação à manutenção das medidas protecionistas por Pequim.

Confira o valor do dólar hoje

Dólar comercial

Usado em negociações internacionais e operações financeiras.

Compra: R$ 6,017
Venda: R$ 6,017

Dólar turismo

Voltado para viagens e compras no exterior, sua cotação inclui impostos e taxas.

Compra: R$ 6,006
Venda: R$ 6,186

Às 17h06 (horário de Brasília) desta terça-feira (8), o dólar à vista operava em alta de 1,49%, cotado a R$ 5,9985 na compra e na venda. Na B3 (Bolsa de Valores brasileira), o dólar para maio, atualmente mais líquido, subia 1,36% com 6.0210 pontos.

O que fez o dólar subir?

A política comercial agressiva de Trump mantém os mercados em alerta desde o anúncio das tarifas mínimas de 10% sobre todas as importações (em vigor desde sábado) e das taxas específicas para determinados países. O temor de uma guerra comercial ampla continua alimentando a aversão ao risco entre investidores, que preveem impactos inflacionários e risco de recessão global.

O comportamento da moeda nesta terça refletiu dois movimentos antagônicos:

Fatores de Pressão

Confirmação da tarifa de 104% sobre produtos chineses
Falta de acordo entre EUA e China antes do prazo final
Risco de escalada no conflito comercial global

Elementos de Alívio

Início das negociações comerciais EUA-Japão
Nomeação do ministro Akazawa para liderar diálogo
Expectativa de flexibilização para outros parceiros

O mercado respira com o Japão, mas suspira com a China, dizem analistas, destacando a natureza contraditória dos movimentos. Enquanto o anúncio das negociações com Tóquio trouxe algum otimismo, a manutenção das tensões com Pequim mantém o valor do dólar sob pressão ascendente.

Especialistas projetam que a moeda deve manter comportamento volátil nesta quarta-feira, quando as tarifas específicas contra a China entrarem em vigor. O Banco Central brasileiro segue atento aos movimentos, pronta para intervir caso a volatilidade ameace a estabilidade do mercado cambial doméstico.