Intérprete nativista leopoldense ganha destaque em festivais de música até fora do Estado

O intérprete, cantor e compositor leopoldense Vinícius Santos, 45 anos, foi destaque em três festivais nativistas do Rio Grande do Sul e até de fora dele, nas últimas semanas.

Em dois deles, Vinícius voltou para São Leopoldo com troféus: de Música Mais Popular, do 21º Encontro das Águas de Foz do Iguaçu (PR); e de Melhor Intérprete, na 12ª Vertente da Canção, de Piratini, no Sul do Estado. Além disso, na última semana de março, suas composições foram finalistas do 18º Pesqueiro da Canção, na cidade de Ijuí.

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Todos os eventos eram concursos de músicas inéditas. No festival realizado no município paranaense, que ocorreu de 20 a 22 de fevereiro, o intérprete apresentou o chamamé “Migalhas da minha partida”, de Wander Lima, e o bugio “Vida de Vanguarda”, de sua autoria. Essa última, conquistou o prêmio de Música Mais Popular.

Já em Piratini, de 20 a 22 de março, “A Última Flor”, composição de Vinícius em parceria com o poeta Paulo de Freitas Mendonça, lhe rendeu o prêmio de Melhor Intérprete do evento. “A obra é uma reflexão poética sobre a fragilidade da democracia”, comenta.

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Uma trajetória musical e filosófica

Com quase três décadas de carreira na música nativista, Vinícius, que também é graduado em Filosofia, começou como intérprete, mas depois entendeu que deveria ampliar suas possibilidades. “Aprendi a tocar violão para me acompanhar e aprendi a compor para me apresentar”, resume. Aos 15 anos, ele participou do seu primeiro festival e, no segundo, em 1996, já ganhou um prêmio de Música Mais Popular.

De lá pra cá, foram vários eventos, entre rodeios e festivais profissionais, e outras tantas premiações.

No início dos 2000, buscando uma opção de carreira também fora da música, Vinícius fez faculdade de Filosofia e se tornou professor. “Acabei me afastando da música porque estava me graduando. Me afastei e foquei na educação”, conta ele, que atualmente leciona no Instituto Estadual Pedro Schneider, o Pedrinho, no Centro leopoldense, onde também é vice-diretor do turno da noite.

Há 10 anos, ele voltou aos palcos, convidado a cantar no festival Guyanuba da Canção Nativa, em Sapucaia do Sul. “Ganhamos o primeiro lugar. Fui Melhor Intérprete da Guyanuba, e aquilo me deu desejo de retornar”, destaca, sobre a volta aos eventos.

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“Espaço para música autoral é muito importante”

Para o cantor e compositor, os festivais têm grande importância pois são concursos de músicas inéditas, sendo assim, o circuito desses eventos mantém os artistas do gênero sempre compondo. “Nisso, coisas novas e novos clássicos vão surgindo. O circuito é importante porque renova muito a questão de composições e artistas. E ele abre a possibilidade dos artistas da cidade entrarem em contato com os artistas do circuito”, opina.

Ele salienta ainda que muitos artistas locais se apresentam em barzinhos, onde é necessário tocar músicas já consagradas. “Nos festivais tu pode tocar as tuas músicas, falar as coisas que tu sente através da música, porque o festival permite a apresentação de músicas autorais”, reforça. “E esse espaço pra música autoral é muito importante.”

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