Petistas já admitem primeira derrota com PL da Anistia

Lideranças petistas na Câmara dos Deputados já admitem, nos bastidores, que sofrerão uma primeira derrota na Casa com o projeto da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro.

Com a oposição anunciando ter mais de 200 assinaturas, caciques do PT já reconhecem que os bolsonaristas conseguirão as 257 assinaturas mínimas para o requerimento de urgência.

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Sóstenes Cavalcante é aliado de Bolsonaro

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante
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O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante

Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

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Sóstenes Cavalcante é aliado de Bolsonaro

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Mesmo com as assinaturas, caberá ainda ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidir se pauta o pedido de urgência, que, se aprovado, levará o projeto para votação diretamente em plenário.

Motta, por sua vez, não sinaliza disposição em ceder à pressão. Mesmo assim, governistas acreditam que, caso 257 deputados assinem o requerimento, a urgência acabará, cedo ou tarde, sendo votada.

Como mostrou a coluna, Motta pautou requerimentos de urgência de projetos de interesse do Judiciário na terça-feira como um “recado” aos bolsonaristas. Ele espera agora um aceno do STF para baixar a pressão sobre o tema.

Comissão especial?

Uma das alternativas ao requerimento de urgência pode ser a criação de uma comissão especial para analisar o mérito do projeto da anistia, o que tornaria a tramitação da proposta mais lenta.

Lideranças bolsonaristas, contudo, prometem não aceitar essa possibilidade, especialmente tendo em vista o número necessário de assinaturas individuais de deputados para votar a urgência da anistia.

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