PMs acusados de matar jovem por vingança vão a júri em Ribeirão Preto, SP


Crime aconteceu em janeiro de 2016 e, segundo o Ministério Público, foi motivado por vingança. Patrick Cardoso dos Santos era investigado pela morte de um cabo da PM e um pastor evangélico em dois assaltos a padarias. Policiais acusados de matarem jovem por vingança serão julgados em Ribeirão Preto, SP
Os cinco policiais acusados de envolvimento na morte de Patrick Cardoso dos Santos vão a júri nesta quarta-feira (9), no Fórum de Ribeirão Preto (SP).
O crime aconteceu em janeiro de 2016, na casa onde vivia o jovem, na Vila Albertina, zona Norte da cidade, e, segundo o Ministério Público, foi motivado por vingança.
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Isso porque, de acordo com as investigações, três dias antes de morrer, Patrick matou o cabo da Polícia Militar Edson Luiz Marques, de 44 anos, e também era apontado como responsável pela morte de um pastor evangélico durante um assalto a uma padaria em 2013. (veja mais abaixo).
Serão julgados nesta quarta-feira o policial civil Walter Moraes Braga Júnior e os policiais militares Alex Duarte de Oliveira, Luiz Delvair Rosa, Aender Santos e Edgar Moreira de Souza. Todos eles respondem por homicídio qualificado e por impedir a defesa da vítima.
Patrick Cardoso dos Santos, de 20 anos, era suspeito de assassinar cabo da PM e pastor evangélico em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
À EPTV, afiliada da TV Globo, as defesas de Braga, Santos e Souza negam que eles tenham participado do crime.
O advogado de Braga disse que, no dia em questão, o policial estava em casa, operado. Já o advogado de Santos informou que, naquele dia específico, o PM estava em outro lugar.
A defesa de Oliveira e Rosa disse que os dois estavam em uma operação e agiram dentro da lei.
O júri está previsto para começar às 10h, mas, por conta da grande quantidade de testemunhas, a decisão pode demorar mais tempo para ser divulgada.
A previsão é de que, ao fim do julgamento, cada réu tenha uma pena específica. Oliveira pode ter a maior condenação dos cinco envolvidos, porque, segundo as investigações, foi ele quem atirou em Patrick.
O crime
O crime aconteceu no dia 17 de janeiro de 2016, na casa onde vivia Patrick, no bairro Vila Albertina, em Ribeirão Preto.
Segundo o Ministério Público, os policiais teriam simulado uma operação no local. À época, os cinco acusados alegaram que Patrick estava armado e, por isso, atiraram e mataram o jovem.
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O caso aconteceu três dias depois da morte do cabo da PM, Edson Luiz Marques, que fazia bico de segurança em uma padaria no bairro Ipiranga. Patrick era o principal suspeito do crime.
Além da morte de Marques, Patrick também era investigado por atirar e matar o pastor evangélico Newton César Reyde, de 45 anos, durante um assalto a uma padaria em 2013, nos Campos Elíseos.
A vítima falava ao celular quando foi surpreendida pelo assaltante. Newton teria se assustado e levou dois tiros na cabeça. Patrick tinha 17 anos à época e ficou apreendido na Fundação Casa.
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