Trânsito difícil exige paciência de quem trafega no entorno do viaduto da Metrovel

Segue bastante complicada a vida dos motoristas que circulam pela área em torno do popular “viaduto da Metrovel”, em Canoas. Isso porque os bloqueios necessários às obras de ampliação do elevado da BR-116 truncaram o trânsito, criando inevitáveis gargalos.

Rua Humaitá ganhou duplicação como solução para o trecho fechado da Avenida Getúlio Vargas, na lateral da BR-116, na altura do viaduto da Metrovel



Rua Humaitá ganhou duplicação como solução para o trecho fechado da Avenida Getúlio Vargas, na lateral da BR-116, na altura do viaduto da Metrovel

Foto: LEANDRO DOMINGOS/GES-ESPECIAL

Entre esta quarta (9) e quinta-feira (10), houve a necessidade que operários ligados ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) fechassem uma quadra da Avenida Getúlio Vargas, na lateral da BR, no sentido capital-interior, entre a Rua Santa Maria e o movimentado cruzamento com a Avenida Inconfidência.

Para solucionar o tráfego, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMU) organizou um desvio, com os motoristas que trafegam pela lateral da BR-116 sendo obrigados a entrar na Rua Santa Maria e acessar a Rua Humaitá, que ganhou uma duplicação, para poderem retornar à Avenida Getúlio Vargas e seguir o curso.

O congestionamento acabou se formado, é claro. Os motoristas que passavam pela área tiravam inevitavelmente o pé do acelerador ao transitar pela Humaitá, conhecida via de mão única de acesso ao Niterói. Assim, foi preciso muito apito da Polícia de Trânsito para acelerar o tráfego no local.

“Eu acho que a solução que encontraram foi boa”, elogiou o aposentado Neri Grande, 66 anos, que parou em uma drogaria da Avenida Inconfidência nesta quinta-feira. “O problema é que já é complicado passar por baixo do viaduto sem obra. Assim, vira um Deus nos acuda. Tem que ter muita paciência”, opina.

O trabalho conduzido pelo DNIT se mantém até o final da tarde desta quinta-feira, porém são previstos outros bloqueios, já que a obra está em fase de “estaqueamento”, que é a colocação das estacas que serão responsáveis por estabilizar a estrutura da obra.

Trabalho

Foi no dia 1º de fevereiro que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes começou a obra de alargamento do popular “viaduto da Metrovel”, em Canoas.

Conforme informações da autarquia federal, o viaduto ganhará uma ampliação de um metro e meio em cada lateral, o que deve garantir três pistas em cada lado da via.

O DNIT informou na época que a estimativa é que a obra completa fique pronta em um ano. Isso devido à complexidade do projeto, que prevê o alargamento do viaduto nos dois lados da obra de arte.

A obra no quilômetro 265 da BR-116 estava prevista dentro do Lote 1 de melhorias operacionais e de segurança viária projetadas para a rodovia federal.

Trecho da Avenida Getúlio Vargas permanece fechado, nesta quinta-feira (10), para estaqueamento no trecho de obras do DNIT, na altura do quilômetro 262 da BR-116



Trecho da Avenida Getúlio Vargas permanece fechado, nesta quinta-feira (10), para estaqueamento no trecho de obras do DNIT, na altura do quilômetro 262 da BR-116

Foto: LEANDRO DOMINGOS/GES-ESPECIAL

Acidente

Toda obra gera algum transtorno, diz a máxima. Porém, a irritação vista na cara dos motoristas que circulam pela área do viaduto da Metrovel se dá após uma trapalhada dos operários, que culminou no desligamento dos semáforos no entorno do viaduto.

O próprio DNIT confirmou, por meio de assessoria de comunicação, que os funcionários, ao escavarem para garantir a realocação de dutos de drenagem, acabaram atingindo o cabeamento semafórico e, com isso, criando os congestionamentos que se arrastaram por semana.

Foi somente após a intervenção do prefeito Airton Souza e de representantes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana é que a situação foi remediada e os semáforos voltaram a funcionar.

“Fizeram um estrago, causaram um estresse para a população. Uma irresponsabilidade para um órgão tão grande quanto o DNIT”, chegou a reclamar o prefeito. “As pessoas se atrasando para a escola, se atrasando para consultas. Tudo por meterem a máquina lá e arrebentarem os cabos”.

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