Cuidado ao dirigir na chuva

O medo de chuva ao dirigir que muitos têm deve-se em grande parte aos costumeiros boletins do tempo radiofônicos e televisivos do tipo “está chovendo e as pistas estão escorregadias”. É óbvio que assim estão, até caminhando numa calçada molhada, sabemos disso.

Interpreto tais boletins mera adaptação do que os meios de comunicação das regiões de frio intenso informam sobre possibilidade de gelo nas estradas. Como aqui não temos esse sério problema, trocaram-nos por “pistas escorregadias’

Não é para ter medo. Dirigir com piso molhado não tem risco nem mistério. Só tem se o carro não estiver em bom estado, os pneus estiverem muito gastos e você estiver muito cansado.

Fiat Fastback Audace Hybrid branco parado de traseira na chuva
Fiat Fastback Audace Hybrid [divulgação]

O maior problema é os pneus estarem com profundidade de sulco pequena. Muitos acreditam que com a profundidade de sulco de 1,6 mm, a que corresponde à marca TWI (indicador de desgaste da banda de rodagem) o pneu está seguro para piso molhado. Não está.

Pneu com profundidade de sulco inferior a 4 mm (novo ela é de 8 mm) entra no que se chama aquaplanagem (ou hidroplanagem) facilmente. Esse é o maior perigo ao dirigir na chuva e se ocorrer aquaplanagem, o pneu perde contato com a pista e o carro fica incontrolável, o motorista vira passageiro. Não é exagero. De nada adianta virar o volante ou frear.

carros
Carros na chuva [Divulgação]

Aliás, as rodas devem ser mantidas retas durante a aquaplanagem, pois se estiverem esterçadas quando o carro voltar a ter contato com o piso, haverá um desvio abrupto que significará bater em alguma coisa ou sair da estrada.

É preciso entender que a aquaplanagem tem relação direta com a velocidade, por isso o primeiro cuidado é diminuir a velocidade quando estive chovendo ou a pista estiver molhada. É por isso que nas rodovias de pista dupla de alta velocidade, com limite de 120 km/h, há sinalização indicando que com chuva esse limite cai para 100 km/h.

Vidro do carro úmido por causa da chuva
Vidro do carro úmido [ND Mais/ Reprodução]

Para não dançar na chuva, leve em conta que as distâncias de parada aumentam, portanto aumente a distância do tráfego à frente. A conhecida regra de 2 segundos de intervalo deve passar a ser de 3 segundos — conte mentalmente mil-e-um, mil-e-dois, mil-e-três.

O carro não precisa ser necessariamente novo, mas precisa estar em bom estado de funcionamento geral, em especial suspensão, direção, freios e luzes. Com chuva, ligue os faróis em facho baixo para que as lanternas traseiras acendam. A luzes de rodagem diurna não são suficientes, essas lanternas ficam apagadas.

Fiat Fastback Audace Hybrid branco parado de traseira na chuva
Fiat Fastback Audace Hybrid [divulgação]

Se o carro tiver luz traseira de neblina, ligue-a, aumenta a visibilidade do veículo para os carros de trás por ela ter mais intensidade — a mesma das luzes de feio — do que as lanternas.

Especial atenção ao limpador de para-brisa, seu funcionamento e palhetas, de modo a deixar a visibilidade a melhor possível nas difíceis condições de chuva. Não economize com as palhetas.

Esteja certo de que o carro que não derrapará à toa só por que está chovendo. Não é necessário trafegar devagar demais como medida de precaução. Observar o limite de velocidade ou ligeiramente menos é mais que suficiente para dirigir com segurança sob

chuva. Não menos importante é você estar descansado e bem de saúde. Tenha certeza de que sua vista está em ordem pela opinião de um oftalmologista.

Para quem tem menos de 50 anos o exame de vista é feito a cada dez anos e sua visão pode ter deteriorado nesse intervalo de tempo.— cinco anos de 60 a 69 anos e três anos com 70 anos e mais.

E agradeça quem você acha que deve agradecer por não termos gelo na pista aqui.


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