Dos palcos ao mundo: o poder do propósito de marca

Os maiores eventos de música e entretenimento do mundo são mais do que simples shows ou festivais; eles representam experiências culturais únicas que conectam pessoas, superam barreiras e celebram a diversidade.

De festivais lendários como o Rock in Rio, que reúne milhões de pessoas, a eventos icônicos como o Coachella e o Lollapalooza, esses encontros são a vitrine para as tendências musicais, a inovação e a criação de memórias inesquecíveis.

Eles não apenas oferecem uma plataforma para artistas e fãs, mas também impulsionam a economia e fortalecem a identidade de cidades e países ao redor do globo.

Para falar sobre o tema, o Sebrae Inova 2025, que encerrou nesta sexta (11/4), convidou Luis Justo, responsável pelo Rock in Rio e por outros eventos de grande porte, como o The Town, em São Paulo.

“A história do Rock in Rio existe há 40 anos. E nesses últimos tempos, o nosso festival ganhou o mundo, pois há duas décadas fazemos Rock in Rio em Lisboa, em Madrid e também em Las Vegas. Os números falam por si só. São mais de 2.700 artistas que já pisaram no nosso palco. Mais de um bilhão de pessoas acompanham o nosso trabalho”, celebrou.

Justo contou que, quando entrou no Rock in Rio, a primeira coisa que precisou entender era qual a proposta de valor do negócio, ou seja, por que o cliente compra um ingresso para ir nesses shows.

“O nosso negócio não é vender ingresso para assistir o show da banda tal, mas sim proporcionar experiências inesquecíveis por meio da música e do entretenimento”, garantiu ele, que deu uma dica valiosa: “cliente não compra produto ou serviço, ele compra proposta de valor”.

O executivo ainda levantou uma questão central: “como criar e entender a jornada do produto ou serviço?”

Segundo ele, a escuta ativa e proativa são elementos essenciais para compreender verdadeiramente o comportamento e as necessidades dos consumidores.

A atenção aos mínimos detalhes foi destacada como um fator crucial na construção de uma experiência marcante. De acordo com o executivo, essa dedicação vai muito além do básico e exige um olhar atento a cada etapa da jornada do cliente.

“A soma de todos esses detalhes é o que faz o cliente ter uma excelente experiência no Rock in Rio, diferenciando-o de todos os outros eventos”, destacou.

Monique Evelle e Caito Maia no Sebrae Inova 2025

Nadando com os tubarões

Caito Maia, CEO da Chili Beans, e Monique Evelle, empresária, jornalista e criadora do Desabafo Social, laboratório de tecnologias sociais aplicadas à geração de renda, educação e comunicação, debateram temáticas importantes que impactaram as trajetórias deles.

“Infelizmente, foi o racismo que criou Monique Evelle”, afirmou a empresária ao relembrar que não sabia o que era empreender até então — uma vez que essa possibilidade não fazia parte da realidade dela.

Já Caito Maia iniciou no empreendedorismo por necessidade: precisava bancar a banda de rock da qual fazia parte. “Coloquei 200 óculos escuros numa mala, trouxe para o Brasil, vendi tudo e comecei a bater na porta das empresas oferecendo o produto”, contou.

“Todos vocês são grandes empreendedores — somos nós que fazemos esse país acontecer.”

Caito Maia, CEO da Chili Beans

Para o CEO da Chili Beans, o consumidor valoriza quem está por trás de uma marca. Segundo ele, os clientes querem saber como as pessoas são tratadas dentro das empresas.

“A Chili Beans cresceu muito mais depois que descobrimos a importância de mostrar quem está por trás da marca. Vocês, empreendedores, precisam contar essa história. Isso faz toda a diferença”, reforçou.

Monique complementou citando uma pesquisa que aponta que 70% dos consumidores compram de empresas cujos CEOs são ativos nas redes sociais.

“É preciso entender que as redes sociais podem ser seu principal canal de aquisição de clientes. Elas são estratégicas e te ajudam a posicionar-se, além de ser a ponte para novos negócios — tudo alinhado à sua marca pessoal e profissional.”

Monique Evelle, criadora do Desabafo Social

Sucesso

Diná Ferraz, diretora técnica do Sebrae do Distrito Federal, comemorou o evento.

“Mais de 6 mil participantes estiveram presentes nesses dois dias. Queremos mostrar, para além da capital federal, o potencial de empreender que nós temos.”

Diná Ferraz, diretora técnica do Sebrae do Distrito Federal

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