Funcionário da Feevale é investigado por suposto crime sexual cometido no câmpus; caso repercute nas redes sociais

Um suposto crime sexual no câmpus II da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo, ganhou repercussão nas redes sociais nesta semana. O ato teria sido praticado por um funcionário da instituição. 

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Foto: Feevale/ Divulgação

Conforme relato publicado em uma postagem no perfil do Instagram da universidade nesta quinta-feira (10), um homem que trabalha no local teria feito imagens de uma mulher enquanto ela utilizava um dos banheiros femininos do campus às margens da RS-239. Nos comentários, usuários também pediam um posicionamento da instituição e reforço na segurança.

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“É um absurdo o silêncio de uma instituição a respeito de um assunto sério! Esperamos um pronunciamento da Feevale referente aos acontecimentos, mas acima de tudo, a certeza de que iremos ter segurança e respeito quando estivermos no campus”, cobrou uma internauta.

“Esperamos um posicionamento claro da universidade diante dos últimos acontecimentos. Independentemente da veracidade, é inadmissível que a segurança dos alunos, principalmente das alunas, continue em segundo plano”, escreveu outra.

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Questionada pela reportagem nesta sexta-feira (11), a Feevale enviou um comunicado sobre o caso. No texto, a instituição afirma ter tomado ciência da situação e desligado o funcionário das funções que ele exercia — as quais não foram especificadas. A vítima, segundo a universidade, foi acolhida e está “recebendo o devido suporte”.

Além de afirmar que o caso foi levado às autoridades competentes, o centro de ensino afirma repudiar o ato. “A Instituição repudia, veementemente, qualquer ato de assédio, discriminação ou outra situação de desrespeito ao ser humano e reitera o seu compromisso com a ética e a segurança em todos os seus ambientes”, finaliza a nota. (Leia abaixo)

Investigação

Delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Novo Hamburgo, Tarcísio Kaltbach afirma que uma ocorrência sobre o episódio foi registrada e é investigada. Contudo, nesta tarde, ele informou que detalhes ainda não podem ser divulgados. 

Quanto à tipificação do crime, Tarcísio diz que as apurações estão em fase inicial e, por isso, a questão ainda não foi esclarecida. “Ainda não foram ouvidas as vítimas. Somente após as oitivas é que saberemos qual ou quais os crimes que ele cometeu”, afirma o delegado. 

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O número de mulheres que passaram pela situação também não foi confirmado. “Os crimes podem ser desde o mais leve a crimes mais graves. Tudo vai depender das oitivas e das filmagens que estamos arrecadando”, ressalta Tarcísio.

A universidade, contudo, trata o caso como assédio e aponta que apenas uma mulher teria sido vítima.

Abaixo, leia a nota na íntegra da Feevale:

“A Universidade Feevale informa que tomou conhecimento da possível prática de ato de assédio, atribuída a um então colaborador, nas dependências do Câmpus II. O mesmo foi imediatamente desligado de suas funções e a vítima prontamente acolhida pela Instituição, recebendo o devido suporte.

Todas as informações disponíveis estão sendo integralmente compartilhadas com as autoridades competentes, para que os fatos sejam plenamente esclarecidos e a lei devidamente aplicada. A Instituição repudia, veementemente, qualquer ato de assédio, discriminação ou outra situação de desrespeito ao ser humano e reitera o seu compromisso com a ética e a segurança em todos os seus ambientes.”

*Colaborou: Kassiane Michel e Nadine Funck.

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