Pastor que estuprou adolescentes é condenado a 37 anos de prisão no Sul de SC

Imagem de homem com características de pastor, sem mostrar o rosto, com livro, semelhante à bíblia, em mãos

Pastor enfrenta acusação de estupro e quase foi linchado por populares – Foto: Divulgação/Freepik/ND

Um pastor foi condenado por estupro de vulnerável, duas vezes, além de importunação sexual, em Braço do Norte, no Sul de Santa Catarina, nesta semana. Uma das vítimas deve receber R$ 15 mil a título de indenização por danos morais.

A pena, segundo o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), que fez a denúncia, foi fixada em 37 anos e seis meses em regime inicial fechado. O pastor, que já estava preso desde julho de 2024, teve negado o direito de recorrer em liberdade.

De acordo com a denúncia do MPSC, o réu era pastor em uma igreja da cidade e, prevalecendo-se da autoridade que exercia sobre os fiéis, abusou de dois adolescentes. O primeiro caso aconteceu em 2019 e, o segundo, no ano passado.

Casos aconteceram em 2019 e em 2024

No primeiro caso, um dos adolescentes, com 14 anos na época, durante a tarde, dormia na casa do pastor, quando foi acordado com as partes íntimas tocadas pelo réu. Na segunda situação, em 2024, por duas vezes, o líder religioso abusou de um menino de 12 anos.

Em 2019, o jovem estava na casa do pastor, na qual dormiria naquela noite e, em certo momento, o réu se deitou ao lado da vítima e deu início às práticas libidinosas, que foram interrompidas porque uma outra pessoa entrou no quarto.

Fachada do Fórum de Braço do Norte

Líder religioso foi condenado na Comarca de Braço do Norte – Foto: TJSC/ND

Cerca de duas semanas após o ato, depois de uma celebração religiosa, a vítima e um outro amigo dormiram na casa do réu. Durante a madrugada, o jovem acordou e se deparou com o pastor praticando os abusos sexuais.

Pastor ameaçava as vítimas, aponta denúncia

Em ambos os casos, o pastor ameaçou as vítimas para que não contassem aos responsáveis. Ele alegava que ninguém acreditaria nos adolescentes e que, caso o fizessem, seriam afastados das funções e das atividades da igreja.

No entanto, os abusos foram revelados por uma das vítimas, que contou ao pai. Um boletim de ocorrência foi registrado e deu início às investigações.

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