“Eu preciso que localizem ela”: mãe de jovem desaparecida pede que caso não seja esquecido em Canoas

Os dias passam e a angústia só aumenta. Com lágrimas nos olhos, Kátia Oliveira, mãe da Caroline Oliveira, foi para a frente da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, no bairro Igara, na manhã deste sábado (12). A mobilização feita junto com a familiares pede que as autoridades não esqueçam o caso.

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Caroline



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Foto: REPRODUÇÃO

“Eu preciso que localizem ela o mais rápido possível”, diz a mãe da jovem desaparecida desde o último domingo (6). Segundo Kátia, a polícia já possui uma linha de investigação e conseguiram fazer a quebra de sigilo do celular de Caroline. 

“Era a única que estava com o celular aquele dia e foi a única que recebeu a ligação. A polícia já sabe, já tem todas as conversas. Então, a única coisa que eu espero agora é acharem o corpo da minha filha e me entregarem do jeito que ela estiver. Eu creio, no meu coração, que Deus me dê um alívio essa semana de que ela ainda está viva. Eu tenho esse sopro de esperança”, declara. 

É com esse pensamento que Kátia chamou amigos e familiares para uma mobilização em frente à DHPP. Apesar da delegacia estar fechada neste sábado, a mãe da Caroline se mantém firme no pedido para que o caso não seja esquecido. “Eu quero que achem a minha filha e o restante não me interessa. Não me interessa quem foi. Eu só quero ela do jeito que estiver”, afirma emocionada. 

Os familiares dos jovens Vitor Santiago, 18, e Pedro Henrique Rodrigues, 23, que estão desaparecidos junto com a Caroline, também foram chamados para a mobilização. Por residirem em outras cidades, não compareceram, mas seguem em contato com Kátia. 

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Kátia Oliveira, mãe da Caroline Oliveira, pede que a polícia continua procurando sua filha



Kátia Oliveira, mãe da Caroline Oliveira, pede que a polícia continua procurando sua filha

Foto: Nicole Goulart/Especial

“Enquanto não há corpos, não há mortos. Nós temos que manter a esperança de que eles estão presos em algum lugar, enclausurados, sendo judiados. Eu creio que eles ainda estão vivos e vão voltar para casa. De alguma forma eles voltam”, reforça. 

Kátia ainda solicita que tem tiver informações verdadeiras ou se viu alguém parecida com a Caroline que entre em contato com a delegacia. “Estou recebendo trotes. Peço encarecidamente que as pessoas tenham um pouco mais de consideração”, frise. 

Informações sobre o caso podem ser repassadas de forma anônima pelo número 0800-642-0121. 

Investigação

“Isso tudo para mim está sendo uma incógnita”, define a mãe da Caroline sobre o desaparecimento da filha. A jovem trabalhava em um posto de gasolina e ficava no turno da madrugada durante os finais de semana. “Para mim ela estava no posto, saia e voltada de manhãs nas sextas, sábados e domingos. Nos outros dias da semana, a Carol sempre estava em casa até meia-noite, uma hora no máximo. Ela saia com a chave porque sabia que voltava para a casa”, comenta. 

A última vez que as duas se viram foi na noite de domingo, perto das 19 horas, quando Caroline foi para a casa do irmão de um dos rapazes desaparecidos, mas não voltou. O caso do desaparecimento foi registrado na segunda-feira (7).

O carro em que os jovens estavam foi encontrado na Estrada do Nazário, passou por perícia e não apresentou marcas de violência. A polícia também esteve na casa de Caroline, segundo a mãe. Na quinta-feira (10), o Departamento de Homicídios e o 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM) afirmaram estar empenhando em entender o que aconteceu e em encontrar os jovens desaparecidos. 

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