Calvície: estudo revela proteína que ajuda no crescimento capilar

Algumas pessoas têm cabelos saudáveis e que crescem rápido. Apesar disso, ter fios fortes é um grande desafio para aqueles que sofrem com queda capilar, alopecia e calvície, condição que, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, afeta 5% das mulheres brasileiras.

Em busca de encontrar uma solução para a queda capilar intensa, cientistas da Austrália, Cingapura e China identificaram que a proteína MCL-1 pode ajudar no crescimento do cabelo. O estudo foi publicado em 22 de março de 2025 na revista Nature Communications.


Entenda o estudo

  • A proteína MCL-1 é essencial para o crescimento do cabelo, pois trabalha em conjunto com as células-tronco do folículo capilar ativadas (HFSCs).
  • Os pesquisadores investigaram a influência da proteína MCL-1 na regulação das HFSC ao deletarem o gene MCL-1 das células da pele de camundongos.
  • Para completar o teste, removeram pedaços de pelos dos roedores.
  • Os folículos capilares passam por ciclos de quiescência e crescimento, com a MCL-1 desempenhando um papel crucial nesta última fase.
  • Os resultados mostraram que a falta de MCL-1 desde o nascimento não impactou a formação de folículos capilares. No entanto, levou à perda gradual de cabelo devido ao declínio das HFSCs ao longo do tempo.
  • A falta da proteína afetou principalmente os animais adultos, que perderam rapidamente as HFSCs ativas. Isso interrompeu a regeneração capilar nas áreas onde o pelo foi removido.
  • As células-tronco inativadas permaneceram intactas mesmo após a deleção da MCL-1.

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Existem diversos tratamentos para a queda capilar, mas ainda é um desafio lutar contra a perda de cabelo

O estresse favorece a queda capilar
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Em alguns casos, alopecia pode provocar queda de cabelo grave

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Existem diversos tratamentos para a queda capilar, mas ainda é um desafio lutar contra a perda de cabelo

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O estresse favorece a queda capilar

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“A deleção aguda de MCL-1 esgota rapidamente as células-tronco ativadas do folículo capilar e bloqueia completamente a regeneração capilar induzida pela depilação em camundongos adultos, enquanto as células-tronco quiescentes do folículo capilar permanecem inalteradas”, escreveram os pesquisadores.

Além disso, quando as células-tronco do folículo capilar (HFSCs) foram ativadas e começaram a se dividir para formar novos fios de cabelo, elas passaram por um momento de estresse. Isso ativou a proteína P53, que é essencial para controlar a morte das células e manter a integridade do DNA.

Depois que a P53 foi desativada, o crescimento do cabelo voltou mesmo sem a presença da proteína MCL-1. Isso indica que P53 e MCL-1 trabalham juntas para manter o equilíbrio entre a sobrevivência e a morte das células nos folículos capilares.

Os cientistas também descobriram que a via de sinalização chamada ERBB, que regula várias funções celulares, tem um papel importante em manter vivas as células-tronco ativas dos folículos. Ela faz isso aumentando a produção da proteína MCL-1.

Segundo os autores do estudo, essas experiências ajudam a entender melhor como as células-tronco sobrevivem e como o tecido se regenera. “Essas descobertas podem ter implicações mais amplas para controlar a sobrevivência das células-tronco e progenitoras na regeneração do tecido e na expansão de câncer”.”

Apesar de ser necessário explorar mais os efeitos da proteína no crescimento capilar, a descoberta dos pesquisadores podem facilitar a criação de novos tratamentos para a queda de cabelo.

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