“Será uma cirurgia longa”, diz Michelle sobre quadro de Bolsonaro neste domingo

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou suas redes sociais na tarde deste domingo (13) para avisar que a cirurgia do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pode demorar mais do que o esperado. “A equipe médica nos informou que será uma cirurgia longa, porque ele está com muitas aderências”, informou, em postagem nos stories de seu Instagram.

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Foto: Antonio Augusto/STF

Aderências intestinais são faixas de tecidos fibroso que podem se acumular entre as alças do intestino, ou mesmo entre o órgão e outras estruturas do abdômen, e agir quase como uma cola, ligando indevidamente os órgãos ou tecidos. Esse problema surge, geralmente, durante a cicatrização de uma cirurgia, ou após infecções ou outros ferimentos ou traumas.

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Bolsonaro está sendo submetido a um procedimento cirúrgico chamado laparotomia exploradora, que começou por volta das 10 horas deste domingo, após o período de preparo pré-operatório realizado entre 9h e 10h. A cirurgia visa a liberar as aderências e reconstruir a parede abdominal do paciente.

O ex-presidente foi internado na sexta-feira (11) após sentir fortes dores intestinais enquanto cumpria agendas no Nordeste. Na noite de sábado (12), foi transferido do Hospital Rio Grande, em Natal, para o Hospital DF Star, no Distrito Federal, onde constatou-se a persistência do quadro de subobstrução intestinal. A obstrução intestinal impede ou reduz significativamente a passagem de alimentos, líquidos, secreções digestivas e gases pelo intestino.

Cláudio Birolini, cirurgião Geral que acompanha Bolsonaro, explicou ontem que a suboclusão intestinal é comum em pacientes submetidos a várias cirurgias, como é o caso do ex-presidente. Segundo ele, na maioria dos casos, o quadro é revertido com medidas clínicas, como jejum, descompressão gástrica com sonda e hidratação parenteral. Nos episódios anteriores, a recuperação foi rápida. Desta vez, porém, foi necessária uma intervenção cirúrgica.

Como explica reportagem do Estadão, a cirurgia à qual o ex-presidente está sendo submetido é feita com anestesia geral “para explorar e investigar tudo o que está acontecendo dentro da cavidade abdominal e fazer os reparos necessários frente aos achados encontrados”, detalha Henrique D. G. Joaquim, gastroenterologista e cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Albert Einstein. O tempo de duração da cirurgia é imprevisível, mas é um procedimento que requer cautela para evitar qualquer tipo de lesão da parede intestinal, afirmam os médicos.

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