Cade também investiga suposto cartel de anestesistas no DF

O suposto cartel de anestesistas no Distrito Federal também é alvo de investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A autarquia federal disse, nesta segunda-feira (14/4), que pretende solicitar autorização judicial para ter acesso às provas colhidas na Operação Toque de Midaz, deflagrada na quinta-feira (10/4) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

“O material poderá fortalecer o inquérito administrativo conduzido pela autarquia e aprofundar a análise das condutas que teriam prejudicado a livre concorrência no setor”, informou o Cade, nesta segunda-feira (14/4).

A partir de uma representação encaminhada pelo MPDFT, o Cade começou a apurar possíveis práticas anticompetitivas no mercado de anestesistas na capital do país. A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Distrito Federal (Coopanest-DF) e os associados são investigados.

O Cade identificou possíveis condutas que teriam restringido a concorrência no setor e a prestação adequada dos serviços de saúde no DF. As investigações indicam tentativa de uniformização da atuação dos cooperados, com indícios de centralização das negociações e do faturamento pela cooperativa.

A apuração do Cade inclui relatos de perseguição, desligamento de cooperados que não seguem as práticas impostas, barreiras significativas à entrada de novos profissionais no mercado, com a exigência de pagamentos milionários para integrar grupos já estabelecidos.

O outro lado

Em nota, a Coopanest-DF disse que “nunca houve e não há cartel ou qualquer outra irregularidade ou ilegalidade por parte da cooperativa e seus diretores”.

“Esse é um assunto antigo no qual a Justiça, mais de uma vez, tanto na Justiça Federal como na Justiça comum, inclusive em segunda instância, já entendeu que o funcionamento da cooperativa é perfeitamente regular, nos termos da Lei do Cooperativismo. A Coopanest irá comprovar, mais uma vez, a integral regularidade e o compromisso ético dos trabalhos prestados aos seus cooperados por mais de 40 anos”, afirmou.

 

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