Caminhada do Autismo reúne mais de 150 pessoas em Nova Friburgo e reforça luta por respeito e inclusão


Evento gratuito percorreu a região central da cidade e contou com o apoio de famílias, voluntários e instituições locais. Mais de 150 pessoas participaram da Caminhada do Autismo neste domingo (13) em Nova Friburgo
Luamar fotografia
Mais de 150 pessoas participaram, neste domingo (13), da Caminhada do Autismo em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.
O evento, gratuito e sem fins lucrativos, mobilizou famílias, profissionais e entidades locais em um gesto de união e conscientização durante o mês dedicado à causa autista.
Com o tema nacional “Informação gera empatia, empatia gera respeito”, proposto pela Revista Autismo, a campanha voltou a destacar a hashtag #respectro. A caminhada teve como objetivo ampliar o conhecimento sobre o transtorno do espectro autista, combater o preconceito e estimular o respeito à diversidade.
Caminhada do Autista reforçou a luta pela inclusão e pelo respeito em Nova Friburgo
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Um gesto coletivo pela inclusão
A caminhada teve um percurso curto, acessível e simbólico, saindo da Praça do Suspiro e atravessando a principal avenida da cidade até o shopping da região. O trajeto foi pensado para garantir a participação de crianças autistas e familiares em um ambiente acolhedor.
De acordo com Isabella Stutz, uma das organizadoras do evento, a proposta surgiu da união entre mães que vivenciam o autismo no dia a dia.
“Nossa intenção é levar informação para quem quer aprender. Com apoio de empresas e instituições da cidade, conseguimos distribuir cartilhas educativas, com dados importantes sobre o autismo e os direitos das pessoas no espectro”, explicou.
Isabella ainda reforça que a caminhada é parte de um movimento nacional, mas também de uma luta diária.
“A conscientização não é só em abril. É o ano todo, em todos os ambientes. Nossas crianças, adolescentes e adultos autistas merecem respeito onde estiverem”, afirmou.
Voluntariado, apoio e serviços
A realização da caminhada só foi possível graças ao envolvimento voluntário de associações, grupos de pais, entidades e profissionais da cidade.
Diversas instituições participaram com serviços de apoio, como a OAB com orientações jurídicas, o Conselho da Pessoa com Deficiência e a Secretaria Municipal de Saúde, que contribuiu com a equipe de saúde bucal.
Cartilhas de conscientização foram distribuídas em pontos estratégicos da cidade, ampliando o alcance da campanha. “Precisamos ser vistos para sermos respeitados”.
Para a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Dolores Afonso, o evento tem um papel fundamental na luta contra o capacitismo.
“Ainda enfrentamos muito preconceito e falta de informação. Leis, temos muitas, mas, na prática, é difícil garantir os direitos. Por isso é tão importante que esses movimentos existam. Precisamos ser vistos para sermos respeitados”, afirmou.
Dolores destacou ainda a nova composição do Conselho, que agora conta com representantes diretos da comunidade autista, como mães, profissionais, além de um professor autista adulto.
Um grupo de trabalho foi criado para ouvir demandas e propor políticas públicas mais eficazes no município.
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