Civitatis aposta em crescimento no Brasil com foco em experiências curtas e atrativos pouco explorados

Antonio Ananda Saori e Alexandre Oliveira da Civitatis scaled Civitatis aposta em crescimento no Brasil com foco em experiências curtas e atrativos pouco explorados

Antonio, Ananda Saori e Alexandre Oliveira, da Civitatis (Foto: Giulia Bottini)

SÃO PAULO – Durante sua participação na WTM Latin America, a Civitatis — uma das maiores plataformas de venda de atividades turísticas do mundo — reforçou sua aposta no mercado brasileiro. Com um portfólio que já soma mais de 1.300 experiências em cerca de 140 destinos nacionais, a empresa projeta um crescimento de 70% no Brasil ainda em 2025.

“Hoje o Brasil é o nosso terceiro maior mercado no mundo em número de reservas. Temos uma oferta nacional bastante robusta e estamos empenhados em expandi-la ainda mais”, explicou Alexandre Oliveira, Brazil Country Manager da Civitatis, em entrevista ao M&E. O objetivo é claro: tornar a plataforma uma referência não só para viagens internacionais, onde ainda está a maior parte das vendas, mas também para experiências dentro do país.

Expansão com DNA local

Apesar de a maior fatia das reservas brasileiras ainda ser para destinos no exterior — como o Vaticano, líder absoluto em vendas, seguido de atrações como o Coliseu em Roma — o consumo doméstico vem crescendo de forma acelerada. “Quando o usuário tem uma boa experiência com a Civitatis fora do Brasil, ele passa a explorar nossas opções locais também. Por isso, temos investido forte na construção de marca e presença nacional”, afirmou.

A empresa já incluiu recentemente ícones do turismo nacional no seu portfólio, como o parque temático Beto Carrero e o Beach Park, em Fortaleza. Mas a estratégia não para por aí: o foco agora está em diversificar a oferta com atrações menos óbvias e mais adaptadas ao comportamento do turista brasileiro.

“Estamos falando de experiências mais curtas, de um dia ou fim de semana, que possam ser feitas perto de casa. É isso que o brasileiro está buscando. Algo acessível, prático e, ainda assim, memorável”, explicou Antonio, Supply Regional Manager Latin America na Civitatis.

Desafios e oportunidades

Entre os principais desafios para a expansão nacional, a empresa destaca a questão tecnológica. “Muitos fornecedores locais ainda não estão totalmente digitalizados, o que dificulta a integração com plataformas como a nossa. Em outros países, já trabalhamos com disponibilidade em tempo real. Aqui, muitas reservas ainda são feitas manualmente. Mas estamos vendo esse cenário evoluir”, comenta Antonio.

Além disso, a Civitatis está apostando no conceito de “cauda longa” — a ideia de mapear oportunidades específicas em nichos ainda pouco explorados. “Já cobrimos praticamente todos os estados brasileiros, com exceção de um. Agora, nosso trabalho é entender como podemos otimizar esse portfólio. Não se trata só de oferecer os destinos mais populares, mas de descobrir o que o público quer e ainda não encontra”, ressaltou Alexandre.

A observação vem de uma escuta atenta do mercado e dos parceiros locais. “Participamos de eventos com produtores de conteúdo e blogs de viagem, que trazem insights valiosos. Muitas vezes, as oportunidades não aparecem nos dados do Google ou nas buscas de mercado. Elas vêm da experiência real, do boca a boca, do desejo por novidades”, completa.

Perspectiva para 2025

Com olhos atentos ao comportamento do consumidor, a Civitatis reforça seu compromisso com a personalização da experiência do viajante brasileiro. A plataforma quer continuar crescendo de forma sustentável, trazendo mais parceiros, integrando novas tecnologias e oferecendo vivências cada vez mais alinhadas ao que o público deseja.

“Nosso foco é descobrir os ‘bolsões de oportunidade’, aqueles produtos que talvez só interessem ao mercado brasileiro — e tudo bem. Esse é o momento de ouvir, testar e adaptar”, conclui Alexandre.

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