Focus, discursos de dirigentes do Fed e mais destaques desta 2ª

A agenda econômica no Brasil desta segunda-feira (14) tem como destaque a divulgação do Boletim Focus, relatório semanal do Banco Central que compila as projeções de economistas para os principais indicadores do país.

Na última edição, divulgada em 7 de abril, os analistas revisaram para baixo, pela quarta semana seguida, a estimativa para o dólar em 2025, que caiu de R$ 5,92 para R$ 5,90. A projeção para a inflação deste ano foi mantida em 5,65%, enquanto o crescimento do PIB continua estimado em 1,97%. A mediana das apostas para a Selic também permaneceu em 15%, mesmo patamar observado há 13 semanas.

Enquanto digerem os dados domésticos, investidores seguem de olho, por mais uma semana, na guerra comercial entre EUA e China, após o tarifaço de Trump e as retaliações de Pequim.

O que vai mexer com o mercado nesta segunda

Agenda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia o dia no Palácio da Alvorada, onde, às 9h, se reúne com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Às 9h30, recebe a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Em seguida, às 10h30, tem encontro com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e, às 11h30, com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Às 14h, Lula parte da Base Aérea de Brasília com destino a Campos dos Goytacazes (RJ). Às 16h, participa da cerimônia de inauguração da nova sede da Unidade da Universidade Federal Fluminense (UFF) no município.

Às 11h, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, se reúne com Ana Botín, presidente global do Santander. Às 12h30, participa de um almoço com o chanceler Mauro Vieira (Relações Exteriores). Às 16h, tem encontro com Igor Calvet, presidente executivo da Anfavea.

Às 8h, Gabriel Galípolo, presidente do BC, participa, por videoconferência, de reunião promovida pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), em Brasília. (fechado à imprensa)

Entre os dirigentes do Federal Reserve (Fed) que discursam hoje estão Christopher Waller, Thomas Barkin, Patrick Harker e Raphael Bostic.

Brasil

8h25 – Focus (semanal)

Internacional

Isenções a eletrônicos

A administração do presidente Donald Trump isentou smartphones, computadores e outros eletrônicos das chamadas tarifas recíprocas, o que pode aliviar a surpresa dos consumidores com os preços, ao mesmo tempo que beneficia gigantes da eletrônica, como Apple Inc. e Samsung Electronics Co.

As isenções se aplicam a smartphones, laptops, discos rígidos e processadores de computador e chips de memória. Esses itens eletrônicos populares geralmente não são fabricados nos EUA. Estabelecer uma fabricação doméstica levaria anos.

Pode ser temporária

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que a isenção de tarifas para smartphones, computadores e outros eletrônicos de consumo pode ser temporária. A declaração foi feita neste domingo (13), durante entrevista ao programa “This Week”, da ABC.

Ida aos EUA

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) organiza uma missão de parlamentares aos EUA para negociar a redução das tarifas de 10% sobre produtos brasileiros. A iniciativa foi sugerida pela embaixada americana em Brasília. A comitiva deve ter cerca de seis membros e ainda não tem data definida. Trad defende o diálogo diplomático, evitando retaliações. Ele também destacou a importância da Rota Bioceânica e do acordo Mercosul-UE.

Eleições no Equador

O candidato de direita Daniel Noboa foi reeleito presidente do Equador no domingo (13). Ele venceu a esquerdista Luisa González, em um segundo turno marcado por disputa acirrada e realizado em meio a tensões causadas pela violência ligada ao tráfico de drogas.

Economia

Queda de juros

O JPMorgan passou a prever uma política monetária menos rígida no Brasil, com apenas mais uma alta da Selic, para 14,75% em maio. O banco espera início da queda de juros já em novembro, encerrando 2025 com taxa de 13,75%. Para 2026, a estimativa caiu de 12,50% para 9,75%. O IPCA foi mantido em 5,5% neste ano e 3,2% no próximo. O banco também projeta déficit fiscal de 0,8% do PIB em 2025, acima da meta oficial.

Política

Clinicamente estável

O ex-presidente Jair Bolsonaro está clinicamente estável após uma cirurgia de 12 horas neste domingo Brasília, em razão de um quadro de obstrução intestinal, de acordo com boletim médico divulgado nesta noite.

Bolsonaro “foi submetido a cirurgia de extensa lise de aderências e reconstrução da parede abdominal”, afirma o boletim, citando que o procedimento de grande porte ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue.

Regulação das redes

O governo federal vai tentar uma nova aproximação com o Congresso nas próximas semanas para que o tema da regulação das plataformas digitais volte à agenda dos legisladores, afirmou o Secretário de Politicas Digitais da Presidência da República, João Brant.

A principal proposta de regulação das plataformas digitais, o Projeto de Lei 2.630 de 2020, conhecido como PL das Fake News, já foi aprovado pelo Senado e está em análise na Câmara dos Deputados. A falta de um acordo, porém, impede que ele avance desde o ano passado.

“Ameaça à democracia”

Jason Miller, ex-conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes neste domingo, 13. Em post nas redes sociais, Miller classificou Moraes como uma “ameaça à democracia”.

“O Ministro da Suprema Corte do Brasil, Alexandre de Moraes, é a maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental, e ele acha isso engraçado”, afirmou, repercutindo um trecho da entrevista de Moraes à revista americana The New Yorker.

Alckmin com Lula

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) lidera a pesquisa Datafolha para o governo de São Paulo sem Tarcísio de Freitas na disputa, mas sua candidatura não está nos planos do PSB. A legenda aposta no ministro Márcio França como pré-candidato em 2026, apoiado por lideranças internas. Alckmin é cotado para seguir como vice de Lula.

Nada confirmado

Pedro Lucas Fernandes (União-MA), anunciado como novo ministro das Comunicações, ainda não confirmou se aceitará o cargo. Em nota, afirmou que só tomará uma decisão após dialogar com a bancada do União Brasil na Câmara. Internamente, há receio de que sua saída da liderança complique a escolha de um novo nome num partido já dividido.

Desgaste de imagem

A possível ida de Pedro Lucas Fernandes para o Ministério das Comunicações reacendeu disputas internas no União Brasil, com resistência à hipótese de o ex-ministro Juscelino Filho assumir a liderança da bancada na Câmara. Parlamentares citam desgaste de imagem, denúncias na Justiça e desconfiança quanto à sua posição política como entraves. Deputados defendem eleição interna para definir o novo líder.

Anistia

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, defendeu a redução das penas dos condenados pelos atos de 8 de Janeiro como alternativa à anistia ampla desejada por bolsonaristas. Ele citou o Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) como solução viável. A proposta busca liberar os envolvidos de menor potencial ofensivo, preservando as punições aos líderes do golpe. A medida conta com apoio do governo e do STF. Lindbergh criticou Bolsonaro, dizendo que o ex-presidente quer anistia apenas para proteger a si mesmo. A proposta de anistia segue sem data para votação na Câmara.

Projeto de lei

A deputada federal Rosângela Moro (União-SP) apresentou um projeto de lei para impedir a institucionalização simbólica da primeira-dama como agente público. A proposta foi motivada por uma norma da AGU que estabelece regras de transparência para a agenda e os gastos de Janja da Silva. Segundo a deputada, a medida viola princípios constitucionais ao tentar dar funções públicas a alguém sem cargo, eleição ou controle formal. Rosângela é criticada por uma espécie de perseguição a Janja por já ter apresentado outros projetos voltados à primeira-dama, como a inclusão de cônjuges de presidentes na Lei de Acesso à Informação e restrições ao sigilo de seus gastos.

(Com Reuters, Estadão e Agência Brasil)

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