Mercados encaram semana curta com foco no exterior

Risco de Liquidez no Mercado Financeiro: Entendendo os Desafios e Estratégias de Mitigação

A semana entre os dias 14 e 18 de abril será marcada por forte agenda econômica e elevada volatilidade nos mercados globais. O feriado da Sexta-feira Santa, que encerra a semana com bolsas fechadas, deve limitar a liquidez.

Na última semana, o Ibovespa encerrou a semana com leve alta acumulada de 0,34%, fechando a sexta-feira (11) em alta de 1,05%, aos 127.682,40 pontos, com giro financeiro de R$ 22,4 bilhões. Apesar da recuperação pontual, o índice ainda acumula queda de 1,98% em abril, embora mantenha avanço de 6,15% no ano de 2025.

No fluxo da B3, os investidores estrangeiros retiraram R$ 857,8 milhões no dia 9 de abril. No acumulado de abril, o saldo estrangeiro está negativo em R$ 6,875 bilhões, mas no ano ainda positivo em R$ 3,767 bilhões.

A próxima semana também reserva atenção para a segunda prévia da nova carteira teórica do Ibovespa para o período de maio a agosto, a ser divulgada na segunda-feira (15).

Dólar desacelera, mas abril segue com viés de alta

O dólar à vista caiu 0,47% na sexta-feira, fechando cotado a R$ 5,8708. Na semana, no entanto, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,61%, mantendo trajetória ascendente em abril com avanço de 2,90%. No ano, ainda há recuo de 5,01%.

Nos mercados externos, o índice DXY segue pressionado, refletindo preocupações com a disputa comercial entre EUA e China e movimentos de proteção dos investidores globais.

Commodities e metais: petróleo em queda, ouro e cobre disparam

O petróleo teve uma semana de perdas: o WTI caiu 1,34% e o Brent recuou 1,83%, mesmo com as tensões geopolíticas e o monitoramento da OPEP+ sobre eventuais cortes de produção.

Em contrapartida, os metais apresentaram forte valorização. O ouro para junho avançou 2,11% no dia, encerrando a US$ 3.244,6 por onça-troy, e acumulou alta de 3,5% na semana, batendo máxima intradiária de US$ 3.263. O cobre para maio subiu expressivos 4,30%, fechando a US$ 4,5230 por libra-peso.

Agenda econômica da semana será carregada de indicadores

O calendário entre os dias 14 e 17 de abril será intenso, apesar dos feriados em diversos países. Entre os destaques internacionais, a agenda inclui dados de produção industrial e vendas no varejo na China, PIB do primeiro trimestre do país, inflação na França, Reino Unido e Zona do Euro, além das decisões de juros no Canadá e na Coreia do Sul.

Nos Estados Unidos, atenção para produção industrial e vendas do varejo de março, além de discursos de dirigentes do Federal Reserve, incluindo o presidente Jerome Powell.

No Brasil, o mercado acompanha os dados da balança comercial semanal, inflação medida pela FGV (IGP-10 e IPC-S), além do fluxo cambial semanal e exercício de opções sobre o Ibovespa.

Decisões monetárias no radar dos mercados

O operador de mercado e comentarista da BM&C News, Francisco Alves, destacou que a terceira semana de abril será marcada por uma agenda intensa de eventos globais, capaz de manter a volatilidade elevada nos mercados. “Teremos decisões importantes de política monetária de bancos centrais como o da Coreia do Sul, Canadá, Turquia e Banco Central Europeu, além de dados cruciais de inflação na Europa e uma bateria relevante de indicadores na China, incluindo PIB, produção industrial e vendas no varejo“, apontou.

Alves também chamou atenção para os eventos domésticos, como os exercícios de opções e rolagens de contratos futuros na B3, que concentrarão as atenções dos investidores locais na quarta e quinta-feira. Para ele, além dos números econômicos, o cenário externo continuará sendo determinante, especialmente com os desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que segue pressionando o comportamento dos ativos globais.

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