Bolsonaro tem quadro clínico estável e sem dores, diz boletim

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, após a cirurgia realizada no domingo (13/4) para tratar complicações abdominais.

De acordo com o boletim médico divulgado nesta terça-feira (15/4), o quadro clínico mantém estabilidade clínica, sem dor, sangramentos ou outras intercorrências.

Ainda segundo a equipe médica chefiada pelo Dr. Cláudio Birolin, o ex-presidente deve se submeter a fisioterapias motora, com deambulação (pequenas caminhadas), e respiratória. Continua a recomendação de não receber visitas e também não há previsão de alta da UTI.

A cirurgia de domingo durou cerca de 12 horas e teve como objetivo remover aderências intestinais – conhecidas como bridas –, além de reconstruir parte da parede abdominal. Essas alterações costumam surgir após cirurgias anteriores e podem provocar dores, obstruções e outros desconfortos.

obstrução intestinal

Nesta terça, Bolsonaro escreveu nas redes sociais que as primeiras 48 horas após a cirurgia são “fundamentais para avaliar nossa recuperação”. Ele agradeceu aos apoiadores e pediu que continuem rezando por sua saúde.

Momento delicado

Bolsonaro classificou o momento como “delicado” e disse compreender a decisão dos médicos e da primeira-dama Michelle Bolsonaro de restringir as visitas apenas a familiares durante a internação, em um hospital particular de Brasília.

“Agradeço, com muito carinho, aos amigos que estão respeitando esse momento delicado, compreendendo que, por orientação médica, apenas familiares e profissionais de saúde estão autorizados a acompanhar de perto. Isso é essencial para evitar conversas e estímulos que possam causar dilatação e até mesmo descolamento da parede abdominal — riscos que precisam ser evitados com máxima cautela frente ao enfrentado na sala de cirurgia”, escreveu.

O ex-presidente citou que permanece em recuperação e afirmou que, dentre todas as cirurgias realizadas em decorrência da facada que levou durante a campanha presidencial de 2018, em um comício, em Minas Gerais, o procedimento mais recente foi o “mais invasivo que aconteceu”.

Essa é mais uma das intervenções médicas às quais Bolsonaro foi submetido após sofrer uma facada em setembro de 2018, durante a campanha presidencial. Desde então, ele já passou por diversos procedimentos relacionados ao sistema digestivo.

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