Colombianos mortos após jogo do Inter eram amigos e faziam parte da mesma torcida organizada; entenda dinâmica dos crimes

Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (15), a Polícia Civil e a Brigada Militar deram detalhes sobre o caso no qual dois torcedores colombianos do Atlético Nacional morreram em Porto Alegre na madrugada de sexta-feira da semana passada, dia 11 de abril. As autoridades explicaram exatamente como aconteceram os dois homicídios: brigas entre membros de uma mesma torcida organizada do Atlético Nacional, da Colômbia, “La Banda Pirata”.

Colombiano de 33 anos foi preso quando se preparava para deixar o Brasil | abc+



Colombiano de 33 anos foi preso quando se preparava para deixar o Brasil

Foto: Polícia Civil

Conforme revelado no evento para a imprensa, as duas vítimas fatais eram amigas próximas: Alejandro Zuluaga e Victor Cartagena, ambos de 27 anos. Por volta das 3h16 da madrugada de quinta para sexta-feira – já bem depois do final da partida entre o Atlético Nacional e o Inter pela Libertadores –, ambos discutiram, e Cartagena esfaqueou Zuluaga, que morreu no local.

Revoltados, outros amigos de Zuluaga perseguiram e também esfaquearam Cartagena. Ele chegou a ser encaminhado para o Hospital de Pronto Socorro, onde passou por cirurgias, mas acabou morrendo durante a noite de sexta-feira.

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“Não foi uma briga comum entre torcidas, foram ataques criminosos e violentos”, ressaltou o diretor do Departamento de Homicídios, Mário Souza, que também ressaltou que o primeiro homicídio já foi solucionado, uma vez que o autor do crime já foi identificado e está morto.

Já o segundo homicídio ainda está em investigação, pois mais de uma pessoa agrediu a vítima. “O segundo homicídio está em processo de esclarecimento, e nós temos uma pessoa presa, um colombiano preso por esse segundo homicídio (foto acima). Ele foi preso em flagrante, horas depois de ter cometido o fato”, acrescentou Souza. O preso tem 33 anos, e foi capturado horas depois do crime, quando se preparava para deixar o País.

Rixas internas

Tanto a Polícia Civil quanto a Brigada Militar reforçaram que as brigas que resultaram nos homicídios não tiveram participação de colorados ou torcedores de qualquer outro time brasileiro. O Internacional inclusive está colaborando com as investigações, assim como a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal.

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A BM ressaltou que até mesmo estava preparada para gerir uma grande rivalidade que La Banda Pirata tinha com outra torcida do Atlético Nacional, a Los del Sur. Ambos ficaram fisicamente separadas durante a partida no Beira-Rio, fato que não é comum entre apoiadores de uma mesma equipe.

Esse trabalho prévio chegou a confiscar seis armas brancas antes do jogo e permitiu que a partida ocorresse sem percalços. As brigas acabaram acontecendo horas depois e, curiosamente, somente entre integrantes de La Banda Pirata. “Era uma animosidade prévia. um clima de tensão, gritaria, tumulto e empurra-empurra”, resumiu Souza. 

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