Foz do Iguaçu amplia atuação no turismo e recebe mais de R$ 1,8 bilhão em investimentos

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Jin Bruno Petrycoski, secretário de Turismo de Foz do Iguaçu

Foz do Iguaçu, no Paraná, já era destino certo no radar de brasileiros e estrangeiros, mas agora quer mais: mais turistas, mais experiências, mais investimentos. À frente dessa virada está Jin Bruno Petrycoski, secretário de Turismo da cidade desde janeiro, que conversou com o M&E durante a WTM Latin America e deixou claro que os planos vão além da contemplação das Cataratas.

“Foz do Iguaçu já era um destino consolidado, né? Só que a gente está, felizmente, abrindo algumas frentes de atuação”, resumiu logo de cara.

Uma das novidades é o investimento em marketing direto para o consumidor final — algo que, segundo ele, ainda não era feito pela secretaria. “A gente está iniciando um trabalho de marketing digital para o canal B2C. Essa é uma inovação dentro da secretaria.”

Além disso, a cidade vem ganhando espaço no mercado de eventos e convenções. “Felizmente, a gente está com muitas convenções. Então, assim, a gente está atacando essas duas frentes”, contou.

Um dos pontos que mais chama atenção na nova fase do turismo local são os mais de R$ 1,8 bilhão em investimentos em andamento — e não se trata de planos futuros, como reforça o secretário. “São investimentos que já estão sendo executados na cidade.”

Entre eles está o AquaFoz, recém-inaugurado, com R$ 140 milhões em estrutura, e um upgrade robusto na área das Cataratas, com mais de R$ 550 milhões. A ideia é transformar a visita em algo além do visual: “Hoje, a experiência das Cataratas é contemplativa. A partir da finalização da obra, vão ter novas trilhas, ecoturismo, ecoaventura. Os visitantes vão poder entrar nas Cataratas. Nadar. Eles vão pegar um trecho do rio Iguaçu, onde é mais calmo, e vão fazer uma concha em volta para as pessoas poderem entrar no rio.”

E a lista de novidades segue com Wonder Park, Dreamland, museu Pompidou (sim, o francês!) e obras de requalificação urbana. O foco agora é mostrar que quem já foi precisa voltar. “Estamos tentando acertar a comunicação, para não somente aquelas pessoas que nunca visitaram Foz do Iguaçu virem conhecer, mas aquelas que já visitaram precisarem voltar, porque vai ser uma nova experiência.”

Outro projeto que deve virar destaque no mapa turístico do Brasil é o bairro árabe, inspirado na Liberdade, em São Paulo. “Vamos realmente mudar toda a comunicação do bairro justamente para ter mais essa vertente do turismo aí para ser explorada.”

Jin entrou na secretaria com vontade de fazer o turismo local virar vitrine. “O que me fez topar esse desafio era o potencial latente que Foz do Iguaçu possui e que não foi explorado em sua totalidade.”

Na visão dele, nenhum destino brasileiro reúne tanta diversidade de experiências num mesmo lugar: “Turismo religioso, de aventura, ecoturismo, entretenimento, compras, gastronomia… E ainda temos uma tríplice fronteira onde você pode explorar, por exemplo, o turismo de jogos, com cassinos nos nossos dois vizinhos.”

O olhar também está voltado para o morador. “Para a cidade ser boa para o turista, ela tem que ser boa para o morador. Se ela for boa para o morador, o turista vai vir.”

E tem mais: a prefeitura vai recuperar uma cachoeira que fica no centro da cidade — e quase ninguém conhece. “Hoje não é explorada, está toda suja, e a gente vai transformar numa área turística para o morador e para o turista.”

Atualmente, Foz do Iguaçu recebe mais de 4,5 milhões de visitantes por ano, mas o número deve crescer. “Com todas as ações, eu estou meio assustado positivamente, porque ainda não consigo mensurar o nosso resultado. Mas pode ter certeza que o crescimento vai ser absoluto.”

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Time completo de Foz do Iguaçu (Felipe Abílio/MeE)

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