Marinho defende Bolsonaro como candidato para 2026 e critica ‘pressa’ pela sucessão

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), reafirmou nesta terça-feira (15) seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como a principal liderança da direita para as eleições presidenciais de 2026. Apesar de Bolsonaro estar inelegível até 2030 por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marinho criticou o que chamou de pressa para definir um nome do campo conservador para o pleito.

“A narrativa do Judiciário está influenciando as pessoas, e isso é lamentável. Por que tanta pressa nesse processo? O prazo final é agosto de 2026, período do registro eleitoral. Bolsonaro está ativo, representa a direita, e é necessário aguardar os desdobramentos do processo”, declarou Marinho em entrevista ao jornal O Globo. “Defendo o nome dele até que ele decida o que quer fazer, até que todas as possibilidades sejam esgotadas.”

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O PL protocolou, nesta segunda-feira, 14, o requerimento de urgência ao projeto de lei da anistia

Bolsonaro foi declarado inelegível em 2023 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Atualmente, é réu por tentativa de golpe de Estado, junto a outros sete aliados. Apesar disso, ele continua sendo o principal articulador do PL nas estratégias para 2026, mantendo uma agenda de viagens pelo país, conhecida como “Rota 22”.

Marinho negou que as ações de Bolsonaro estejam relacionadas ao temor de prisão e afirmou que as viagens fazem parte de uma estratégia para fortalecer o discurso conservador e expandir o alcance político do ex-presidente. “Queremos mostrar quem somos e defender o conservadorismo. A maioria da população é conservadora. A decisão política de 2026 passará por ele, seja como candidato ou não”, declarou.

Segundo o senador, a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também impulsiona a mobilização bolsonarista. “Atualmente, a população brasileira se sente prejudicada pela crise econômica do país”, afirmou.

Anistia

O PL protocolou nesta segunda-feira (14) o requerimento de urgência para votar o projeto de lei que concede anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O partido reuniu 264 assinaturas — sete a mais que o mínimo necessário (257) para protocolar a urgência, o que permitirá que o projeto seja votado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões temáticas.

Marinho defendeu a tramitação do projeto e destacou o diálogo como caminho para sua aprovação. ‘Nós não temos força suficiente no Congresso para uma obstrução eficiente. Eu defendo a transigência e a política. O presidente da Câmara, Hugo Motta, já afirmou que a pauta avançará quando houver assinaturas suficientes. É necessário dar respaldo ao Motta e mostrar que o texto pode tramitar’, concluiu.

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