Turismo nos EUA sofre maior retração desde 2021 e pode gerar prejuízo de US$ 90 bi

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Empresários do turismo já sentem os danos (Freepik)

O turismo internacional nos Estados Unidos enfrenta sua maior retração desde a pandemia, com queda de 12% no número de visitantes estrangeiros em março. As chegadas aéreas recuaram 10%, afetadas por tensões políticas, endurecimento nas fronteiras e boicotes a produtos e destinos americanos. Segundo a Administração de Comércio Internacional, a queda atinge especialmente turistas da Europa Ocidental e do Canadá, principais mercados emissores.

A previsão de analistas do Goldman Sachs é de que o impacto no setor possa gerar uma perda de até US$ 90 bilhões em 2025, o equivalente a 0,3% do PIB dos EUA. A estimativa anterior de 77 milhões de visitantes neste ano já está sendo revista por consultorias como a Tourism Economics, que agora projeta retração de 9,4% nas chegadas internacionais. O turismo, que representou US$ 254 bilhões em receitas no ano passado, é considerado um dos pilares da recuperação econômica do país.

Companhias aéreas como Delta, Air France-KLM e Virgin Atlantic já anunciaram queda na demanda e revisão de lucros, enquanto redes hoteleiras como a Accor relatam cancelamentos e baixa procura. Além disso, até US$ 20 bilhões em gastos com varejo por turistas internacionais estão sob risco, afetando também a arrecadação de cidades como Las Vegas, que espera redução nos impostos sobre hospedagem.

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