Vale (VALE3) divulga prévia operacional nesta terça: quais as projeções do mercado?

minério - Vale

A mineradora Vale (VALE3) divulgará nesta terça-feira (15) seu relatório de produção e vendas referente ao primeiro trimestre de 2025 (1T25), após o fechamento do mercado.

O Bradesco BBI projeta que a produção de minério de ferro deve atingir 69 milhões de toneladas (Mt) no 1T25, queda de 19% em relação ao trimestre anterior e queda de 3% em relação ao ano anterior, refletindo a sazonalidade mais fraca.

A equipe do BBI espera vendas de 66 milhões de toneladas, um recuo de 19% em relação ao trimestre anterior e alta 3% em relação ao ano anterior, impactadas por alguma atividade de desestocagem, parcialmente compensada pela paralisação temporária da ferrovia da Vale em março.

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Já a realização do preço do minério de ferro deve ser ligeiramente menor em relação ao trimestre anterior, a US$ 92 por tonelada, “impactada por maiores descontos de qualidade e ajustes de preço, enquanto a realização do preço das pelotas deve ser menor, em meio à redução dos prêmios”, explica BBI.

A Genial prevê que o trimestre deve ser marcado por um ambiente desafiador, com destaque para o impacto das chuvas intensas nas operações do Sistema Norte, o que afetou negativamente os volumes de produção, especialmente no minério de ferro e pelotas.

Apesar disso, a Genial acredita que a Vale conseguiu sustentar um patamar saudável de vendas de finos de minério de ferro, apoiado no uso estratégico de estoques acumulados em 2024.

Vale lembrar que o balanço da mineradora será divulgado no dia 24 de abril, também após o fechamento do mercado.

Segundo as estimativas da Genial, os embarques de finos de minério de ferro devem atingir 52,8 milhões de toneladas, um recuo de 24,5% na base trimestral, mas alta de 0,5% na comparação ano a ano, com queda relevante na base sequencial (diante das chuvas), mas com sustentação na comparação anual devido à estratégia de balanceamento entre produção e desestocagem.

Em termos de preços, a Genial projeta o realizado de finos em US$ 92 por tonelada, queda de 1,1% na base trimestral e de 8,6% na anual, refletindo a combinação entre deterioração do mix de qualidade (mais chuvas no sistema Norte, há menos possibilidade de blend de maior % Fe).

A Genial ainda estima uma compressão do prêmio, apesar da leve alta no benchmark 62% Fe (com 62% de pureza de minério) no 1T25 (alta de 7,2% no trimestre).

Com relação aos custos, a Vale deve reportar um C1 (custo caixa) por tonelada exceto terceiros de US$ 22,60, pressionado sequencialmente pela menor diluição de custos fixos diante da redução de volumes esperada.

Do ponto de vista comercial, a Genial acredita que a Vale segue comprometida com sua estratégia de flexibilidade operacional e foco em produtos de maior valor agregado.

Na visão anual, a Genial avalia que a mineradora mantém o direcionamento de reduzir a participação de produtos com alta sílica, priorizando margens em detrimento de volumes. “Essa abordagem, associada à gestão disciplinada de estoques, reforça nossa visão de que a companhia avança no redesenho de sua estratégia comercial – independentemente da detração esperada típica do primeiro semestre – com foco em: (i) recomposição de prêmios de qualidade e (ii) disciplina operacional e de custos”, diz relatório.

A Genial Investimentos manteve recomendação de compra, mas cortou o preço-alvo de R$ 65,20 para R$ 61,50 para VALE3 e de US$ 11,40 para US$ 10,50 para os ADRs (recibo de ações negociado na Bolsa de Nova York).

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