Caso Vitória: suspeito pelo assassinato agiu sozinho, diz polícia

São Paulo — Maicol Santos (de verde na foto em destaque), único e principal suspeito de envolvimento na morte da adolescente Vitória Regina de Souza, que foi assassinada em Cajamar, na Grande São Paulo, no final de fevereiro, agiu sozinho é o único responsável pelo crime, segundo os integrantes das polícias Civil e Científica responsáveis pela investigação do caso.

Maicol está detido desde o dia 8 de março por homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. A polícia aguardava os resultados periciais para concluir o inquérito do caso e pedir a conversão da prisão temporária em preventiva.

Laudos periciais constataram a presença do sangue de Vitória na casa do suspeito. Também foram encontradas amostras de DNA da vítima no carro dele.

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Maicol (de verde) confessando crime

Vitória Regina
Vitória em festa de formatura
Vitória Regina de Souza, de 17 anos
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Corpo de Vitória Regina de Souza, 17, foi encontrado com sinais de tortura e decapitado em Cajamar (SP). Polícia ouviu 14 pessoas envolvidas

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Maicol (de verde) confessando crime

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Vitória em festa de formatura

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Vitória Regina de Souza, de 17 anos

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Jovem desapareceu em Cajamar, na região metropolitana de SP

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Maicol chega ao CDP de Guarulhos após confessar crime

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Suspeito de envolvimento no assassinato da adolescente Vitória Regina de Souza, 17, é preso na Grande SP

Valentina Moreira/Metrópoles

O documento confirma que ambos estiveram juntos nos dois locais, mas não foi possível afirmar qual foi o local exato da morte. A avaliação, no entanto, é que ela não tenha sido morta no carro, como havia dito o autor em confissão. Vídeo obtido pelo Metrópoles mostra um trecho do depoimento.

Porém, o laudo foi considerado inclusivo quanto à ocorrência de crime sexual. O estado de deterioração do corpo de Vitória impediu essa avaliação.

Ainda de acordo com o documento, ela sofreu lesões fatais e morreu por hemorragia interna e externa.


A morte de Vitória

  • Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi encontrada assassinada na tarde do dia 5 de março, em uma área rural de Cajamar, na Grande São Paulo. Ela estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho.
  • Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que o corpo estava em avançado estado de decomposição. A família reconheceu o corpo por conta das tatuagens no braço e na perna e um piercing no umbigo.
  • Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem chegando a um ponto de ônibus no dia 26 de fevereiro e, posteriormente, entrando no transporte público. Antes de entrar no coletivo, a adolescente enviou áudios para uma amiga nos quais relatou a abordagem de homens suspeitos em um carro, enquanto ela estava no ponto de ônibus.
  • Nos prints da conversa, a adolescente afirma que outros dois homens estavam no mesmo ponto de ônibus e que lhe causavam medo. Em seguida, ela entra no ônibus e diz que os dois subiram junto com ela no transporte público — e um sentou atrás dela.
  • Por fim, Vitória desce do transporte público e caminha em direção a sua casa, em uma área rural de Cajamar. No caminho, ela enviou um último áudio para a amiga, dizendo que os dois não haviam descido junto com ela. “Tá de boaça”. Foi o último sinal de Vitória com vida.

Os agentes informaram ainda que será feita a reconstituição do caso, inicialmente marcada para ocorrer em 24 de abril, após Maicol passar por um exame psiquiátrico.

A defesa de Maicol já informou que o cliente não participará da reconstituição, pois discordam do interrogatório em que o suspeito confessou ter cometido o crime. Os advogados afirmam que ele teria sido coagido a confessar e tenta reverter na Justiça o interrogatório. Eles chegaram a divulgar um áudio em que Maicol diz ter “inventado” a história para “livrar sua família”.

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