Cerrado Summit reúne lideranças nacionais e internacionais no Oeste baiano

Cerrado Summit reúne lideranças nacionais e internacionais no Oeste baiano
Foto: Divulgação/Aiba

A abertura do Cerrado Summit, realizado no Complexo Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães, nesta terça-feira (15), contou com a presença de autoridades locais, federais, estaduais e lideranças internacionais. O encontro é o único evento nacional pré-COP30, realizado fora de uma capital brasileira.

O prefeito anfitrião, Junior Marabá, falou sobre a importância do evento para o município e todo o Matopiba e ressaltou as práticas sustentáveis dos produtores da região.

“Sabemos que existem alguns países é que se é muito difícil corrigir o passado, mas aqui nós temos essa condição de ser exemplo, ser referência, produzir da maneira correta, de ter uma agricultura regenerativa com sustentabilidade. E eu vejo que Luís Eduardo, a capital do Matopiba, é referência em tecnologia no setor agrícola em produtividade, mas também em sustentabilidade”, disse.

Para Pablo Barrozo, secretário de agricultura da Bahia, o evento é de grande relevância para o estado.

“Uma importância enorme. Muito orgulho do Cerrado Summit ser realizado aqui no Oeste, porque aqui com certeza será o pontapé inicial para mais um progresso, para mais um passo à frente. Nós, que sempre fomos pioneiros na agricultura sustentável, hoje nós temos outros desafios e esse encontro hoje aqui, com certeza da sociedade civil com o poder público, é para nós trilharmos um pacto de um trabalho sustentável que nós possamos escalonar.”, disse Barrozo.

A agricultura regenerativa e mudança de paisagem foram temas centrais na abertura do Cerrado Summit. O foco do encontro é construir um plano de ação concreto até a COP30, evento que será realizado em Belém entre os dias 10 e 21 de novembro.

Marcelo Behar, conselheiro sênior da World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), a produção de alimentos é um tema global e as discussões tem como objetivo de colocar em prática cada vez mais a agricultura sustentável.

“O tema sustentabilidade, o tema de produção é um tema global e a COP está organizando todos os agentes e todos os atores que são responsáveis pela condução dessa agenda. Para os atores do mundo da parte norte do planeta, os temas de energia são fundamentais porque eles vêm de uma matriz energética que não é limpa. Para os atores do sul do planeta e sobretudo do Brasil, em que a matriz energética já é muito limpa, é uma das melhores do mundo, o tema de gestão e uso da terra passa a ser um tema central e o tema da agricultura é, dentro dessa agenda, é o que nós temos mais a ganhar com a construção de uma agenda global que vai favorecer um novo modelo de agricultura”, explica.

Desafios do Cerrado

Com foco exclusivo nos tratados e desafios do Bioma Cerrado, o evento é o primeiro acelerador de paisagens promovido pela Aliança para Ação Regenerativa nas Paisagens (AARL).//

Segundo Arthur Ramos, sócio da Boston Consulting Group (BCG), esse conceito de paisagem engloba todo contexto em que produção agrícola, meio ambiente e sociedade estão inseridos.

“O conceito de paisagem é justamente paisagem ou território, né? É você não olhar unicamente a sua propriedade, não olhar uma fazenda, mas as soluções que a gente tá falando aqui. Elas são interdependentes, dos mananciais que você tem envolvido, da floresta, de várias culturas que você tem numa mesma região, no mesmo conjunto. Então, é justamente um reflexo do que que a gente acredita também pro mundo, né?”, explica Ramos.

participantes do Cerrado summit em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia
Foto: Divulgação/Aiba

Sediado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (mapa), com coorganização da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e Associação dos Produtores de Algodão da Bahia (Abapa) e do Governo da Bahia, o Cerrado Summit tratou também de pilares como o financiamento da transição, métricas de monitoramento e avaliação, além de políticas públicas voltadas ao cerrado.

Para Pedro Alves Corrêa Neto, secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, do Mapa, o grande intuito da reunião é promover uma discussão temática sobre a agricultura regenerativa numa paisagem, num bioma como o Cerrado brasileiro.

“É nesse contexto que a gente quer consolidar, o tema central da agenda de ação para a agricultura brasileira para ser apresentado na COP, que é recuperação de áreas para segurança alimentar. Então, esse é o grande contexto: as políticas públicas aliadas, a capacidade empreendedora do nosso produtor rural, que fazem acontecer essa agropecuária que a gente está vendo aqui no campo, que a gente está vendo aqui no Cerrado brasileiro, ambientalmente amigável, dentro do marco regulatório brasileiro, que é bastante severo, mas capaz de auferir a rentabilidade e produtividade cada vez maiores.”, disse.

Para Moisés Schmidt, presidente da Aiba, o evento é uma oportunidade de “dialogar com o mundo, dialogar com a sociedade, que às vezes não entende e não compreende o que é uma agricultura regenerativa, o que é uma agricultura sustentável dentro do mundo de hoje, nesse momento”.

Nesta quarta-feira (16), programação será encerrada após visitas a propriedades que adotam práticas sustentáveis e locais com o bioma Cerrado nativo.

  • Aliança pela Agroindústria da Bahia conta com união inédita de 13 entidades do setor 

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